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Excesso de umidade ameaça colheita de trigo no Rio Grande do Sul

Preço médio da saca de 60 quilos aumentou 0,40% no Estado



Foto: Canva

No Rio Grande do Sul, a safra de trigo, que até o início de outubro contava com condições climáticas favoráveis, passou a enfrentar desafios devido a chuvas consecutivas. As precipitações, que se estenderam por até cinco dias em várias regiões do Estado, resultaram em excesso de umidade no solo e dificuldade para realizar tratos culturais, o que impactou o controle de doenças, especialmente a giberela, conforme aponta o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS nesta quinta-feira (17).

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Segundo o informativo, a sequência de chuvas também dificultou o acesso das máquinas para a colheita, interrompendo as operações em várias áreas. Em regiões onde as lavouras estavam próximas da maturação, as reservas de grãos começaram a ser comprometidas, sobretudo nas áreas onde foram aplicados herbicidas para uniformização das plantas. Com a alta umidade, alguns armazéns impuseram restrições para receber cargas de grãos, devido ao risco de desenvolvimento de fungos e à dificuldade de secagem.

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Os primeiros resultados de lavouras de ciclo mais curto indicam uma redução no Peso Hectolitro (PH), que varia entre 74 e 76 kg/hl. Já a maioria das lavouras de ciclo mais longo, que ainda estão em fase de maturação (45%) e enchimento de grãos (42%), apresenta melhores condições e expectativas de rendimento e qualidade.

A área cultivada no Estado, segundo dados da Emater/RS-Ascar, é de 1.312.488 hectares, com uma produtividade estimada de 3.100 kg/ha. Apesar dos desafios, a previsão para a colheita total ainda não foi revisada.

Nas regiões de Bagé e Campanha, a sanidade das lavouras é considerada satisfatória, e aplicações de fungicidas foram realizadas para proteger as plantas até a maturação. Contudo, em outras regiões, como Erechim e Ijuí, o excesso de chuva atrasou a colheita e prejudicou as lavouras, elevando o risco de doenças fúngicas e infecções bacterianas.

Mesmo com a adversidade, algumas áreas continuam apresentando boas perspectivas de produtividade. Em São Borja, por exemplo, 5% dos 30 mil hectares de trigo já foram colhidos com resultados promissores, e o Peso Hectolitro variou entre 78 e 85.

Na comercialização, o preço médio da saca de 60 quilos no Estado aumentou 0,40% em relação à semana anterior, passando de R$ 66,73 para R$ 67,00. Na Bolsa de Cereais de Cruz Alta, o preço chegou a R$ 70,00 por saca.

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