Europa vê mais um ano de secas e incêndios florestais
Junho tendo sido o mês mais quente já registrado em 174 anos de história de monitoramento de temperatura
Os efeitos do clima escaldante, com junho tendo sido o mês mais quente já registrado em 174 anos de história de monitoramento de temperatura.
No ano passado, ondas de calor resultaram em mais de 61.600 mortes relacionadas ao calor em 35 países europeus e desencadearam incêndios florestais devastadores. Este ano, as temperaturas podem ultrapassar o recorde atual da Europa de 48,8 graus Celsius (119,84 Fahrenheit), registrado na Sicília em agosto de 2021.
Abaixo está uma lista dos incêndios mais recentes e avisos relacionados ao calor emitidos na Europa.
FRANÇA
Cerca de seis incêndios de pequena escala foram registrados nas regiões de Nouvelle-Aquitaine, Occitanie, Grand Est, Bouches-Du-Rhone e na ilha da Córsega. Em meados de abril, o serviço geológico francês BRGM disse que os níveis muito baixos das águas subterrâneas colocaram a França a caminho de uma seca de verão pior do que no ano passado, principalmente na parte sul do país.
GRÉCIA
Os incêndios que queimam desde quarta-feira na ilha de Rodes forçaram a evacuação de 19.000 pessoas no fim de semana, quando um incêndio atingiu resorts costeiros no sudeste da ilha. As operadoras de turismo levaram para casa quase 1.500 turistas no início de uma evacuação em massa na segunda-feira e as autoridades disseram que a ameaça de novos incêndios é alta em quase todas as regiões do país.
Um incêndio florestal também forçou evacuações da ilha de Corfu no fim de semana. Quase 2.500 pessoas receberam abrigo, inclusive em estádios, embora muitos tenham retornado a seus hotéis na segunda-feira.
Os serviços de emergência também estavam lidando com incêndios na ilha de Evia, a leste de Atenas, e Aigio, a sudoeste de Atenas.
Um incêndio florestal a oeste de Atenas está queimando desde 17 de julho. Mais de 100 casas e empresas foram danificadas por este incêndio e outro perto de Atenas, que foi apagado na semana passada. Bombeiros, apoiados por bombardeiros de água e reforços de vários países, incluindo Chipre, França, Israel e Itália, estão tentando controlar o fogo. As chamas foram sustentadas por ventos fortes e ondas de calor, relataram vários meios de comunicação.
ITÁLIA
Incêndios queimavam em bosques e vegetação em várias partes da Calábria, a parte mais ao sul do continente italiano.
A agência de proteção civil da Sicília disse que a temperatura em algumas áreas no leste da Sicília subiu para 47 graus Celsius (116,6 Fahrenheit) no domingo, perto do recorde europeu de 48,8 graus Celsius de dois anos atrás. As propriedades da ilha sofreram apagões por causa da onda de calor.
Em 18 de julho, o ministério da saúde emitiu alertas meteorológicos vermelhos para 20 das 27 principais cidades do país. Roma registrou um novo recorde de temperatura de 41,8, informou o serviço meteorológico da região local do Lácio.
PORTUGAL
Portugal Continental enfrenta uma seca generalizada, com cerca de 90% do país afetado. A seca aumentou durante um abril anormalmente quente e seco, conforme relatado pela agência de meteorologia IPMA em maio.
RÚSSIA
Na região central dos Urais, na Rússia, na pequena aldeia de Shaidurikha perto de Yekaterinburg, os incêndios florestais se espalharam em 12 de julho e causaram danos significativos. Uma mulher morreu, duas pessoas foram hospitalizadas com queimaduras e 41 casas foram incendiadas enquanto o fogo se espalhava rapidamente. As condições de tempo seco e ventoso contribuíram para a intensidade do fogo.
ESPANHA
Um incêndio florestal começou em 15 de julho na ilha de La Palma, levando à evacuação de mais de 4.000 pessoas. O incêndio foi contido, informou o jornal espanhol El Pais em 19 de julho, depois de queimar 2.900 hectares da ilha, incluindo 200 hectares do Parque Nacional Caldera de Taburiente.