EUROPA: chuvas intensas recuperam umidade do solo
Boletim da USDA revela cenário climático misto e seus efeitos na agricultura europeia
As últimas atualizações do boletim semanal da USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) oferecem uma visão abrangente das condições climáticas que impactam a agricultura na Europa. O cenário é de contraste, com precipitações moderadas a intensas trazendo alívio às culturas de inverno em grande parte do continente, mas com destaque para a persistente secura no vale do rio Danúbio, uma área crucial para a produção agrícola.
Um sistema de alta pressão que dominou a região por aproximadamente 30 dias finalmente se dissipou. Com isso, uma série de tempestades originárias do Atlântico trouxe chuvas que variaram de 10 a 100 mm para vastas extensões de terras agrícolas no oeste, centro e norte da Europa. Algumas regiões específicas, como Portugal, Espanha, sudeste da França, norte da Itália, sul da Inglaterra e Irlanda, receberam chuvas ainda mais intensas, chegando a 100-250 mm.
Esse padrão de precipitação foi fundamental para aliviar ou eliminar os déficits de umidade do solo, proporcionando condições ideais para o crescimento de culturas de inverno, como trigo e cevada, em grande parte do continente.
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No entanto, mesmo com as chuvas benéficas em muitas áreas da Europa, a bacia do rio Danúbio, que se estende desde a Hungria até o vale inferior do rio, ainda enfrenta uma séria condição de seca. Nessa região, as precipitações foram escassas, totalizando apenas 5 mm ou menos, comprometendo a umidade do solo necessária para o cultivo das culturas de inverno.
As temperaturas também têm variado consideravelmente. Enquanto o sul da Europa vivenciou temperaturas 2-4°C acima da média, o nordeste do continente registrou temperaturas até 3°C abaixo do normal. Essas flutuações térmicas podem impactar o desenvolvimento das plantas e influenciar a ocorrência de pragas e doenças nas culturas.
As informações são do boletim semanal da USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) com análise do metereologista do Portal Agrolink, Gabriel Rodrigues e revisão de Aline Merladete.