Etapas-chave no desenvolvimento de bioinsumos?
A terceira etapa, considerada a mais relevante, é a padronização
O desenvolvimento de bioinsumos envolve um processo meticuloso e multifásico, conforme analisado por Fábio Paulino, cofundador da Greenbac. Utilizando os métodos Delphi e SWARA, um estudo recente destacou a importância de cada etapa no ciclo de produção, com ênfase na Fase 3, responsável por 25,1% do peso total do processo. Essa fase, que compreende a padronização da produção e formulação, é crucial para garantir a consistência e a viabilidade do bioinsumo em larga escala.
O ciclo de desenvolvimento dos bioinsumos é dividido em cinco etapas principais. A primeira é a identificação e isolamento (18,55%), que seleciona microrganismos eficazes contra pragas específicas e assegura sua pureza em laboratório. A segunda, avaliações em laboratório e campo (18,84%), refina a compatibilidade dos microrganismos com o ambiente agrícola por meio de testes rigorosos.
A terceira etapa, considerada a mais relevante, é a padronização e produção (25,1%), onde o bioinsumo é escalonado em reatores industriais e sua formulação é finalizada para garantir qualidade e uniformidade. Em seguida, ocorre a avaliação experimental em campo (18,84%), com testes em cultivos reais para validar o desempenho do produto e ajustar dosagens conforme necessário. Por fim, a fase de registro e regulamentação (17,81%) inclui testes de eficácia, toxicologia e impacto ambiental, culminando no registro junto aos órgãos reguladores para viabilizar sua comercialização.
O estudo reforça que a maturidade tecnológica dos bioinsumos depende de um equilíbrio entre pesquisa, inovação e conformidade regulatória, destacando a importância de cada etapa no desenvolvimento de soluções sustentáveis para a agricultura.