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Etanol de milho: Novas usinas a caminho

A expansão geográfica do setor também é esperada



O aumento de usinas deve refletir em um crescimento significativo da capacidade de processamento de milho O aumento de usinas deve refletir em um crescimento significativo da capacidade de processamento de milho - Foto: Pixabay

A indústria de etanol de cereais no Brasil está em expansão contínua há quase uma década. Segundo Rafael Piacenza, gerente de desenvolvimento de negócios da Novonesis, o setor vive um momento de otimismo, com previsões de aumento de produção e novos anúncios de plantas. Durante a 10ª edição do TECO Latin America, Piacenza destacou que a quantidade de usinas anunciadas ou em operação deve crescer 75% nos próximos anos. Hoje, o Brasil conta com 32 usinas em produção, construção ou não operacionais, mas esse número pode chegar a 56, impulsionado por novos projetos e empresas interessadas.

O aumento de usinas deve refletir em um crescimento significativo da capacidade de processamento de milho e produção de DDGs (grãos secos de destilaria). A expectativa é que, em cinco anos, o processamento diário alcance 107 mil toneladas de milho, gerando 11 milhões de toneladas de DDGs por ano. Para a safra 2024/25, a produção de etanol de milho deve alcançar 8 bilhões de litros anuais, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A expansão geográfica do setor também é esperada, com novas unidades previstas para estados como Maranhão e Rio Grande do Sul, diversificando as matérias-primas utilizadas, incluindo sorgo e trigo.

Fabrício Leal Rocha, diretor de bioenergia da Novonesis na América Latina, destacou a importância de aumentar a produtividade para melhorar a lucratividade. Segundo ele, a otimização de processos com suporte técnico especializado e o uso de leveduras de novas gerações são estratégias-chave. A estimativa é que, ao aumentar a produtividade entre 3% e 9%, uma planta que processa 5.600 toneladas de milho por dia poderia ter um aumento no lucro líquido anual de R$ 33 a R$ 100 milhões.

Além disso, o evento TECO Latin America abordou outros temas relevantes, como oportunidades de exportação de DDGs para mercados internacionais e a transição para combustíveis marítimos mais sustentáveis, como o etanol verde.
 

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