Estufas solares são alternativa para agricultura sustentável
O principal empecilho para sua utilização é o preço
As estufas solares estão ganhando espaço entre os especialistas que incentivam a agricultura sustentável e produção de energia limpa. A prática consiste em transformar a cobertura da estufa em placas de geração de energia solar.
O principal empecilho para essa tecnologia ser utilizada na prática é o preço. De acordo com Jinlin Xue, especialista em engenharia agrícola na Universidade Agrícola de Nanjing, na China, um estudo econômico concluiu que o alto investimento necessário para a instalação dos painéis solares em estufas é inviável para os agricultores e até mesmo para grandes empresas.
Outro ponto que dificulta o processo é um defeito que acompanha a energia solar desde seu desenvolvimento. Xue lembra que, sabendo que o sol não brilha o tempo todo, o agricultor precisa se preocupar em armazenar a energia produzida pelos painéis, gerando mais trabalho e despesas do que o método comum.
Por outro lado, a aplicação das estufas solares poderia reduzir o custo da energia elétrica para as propriedades rurais, já que elas seriam autossustentáveis nesse quesito. Outra questão é a diminuição no uso de recursos naturais que é notado por parte das hidrelétricas, já que a energia solar não agride o meio ambiente.
O especialista afirma que é responsabilidade dos governos auxiliar na implantação da energia solar na agricultura. A China, país precursor da tecnologia, investiu US$ 280 milhões nas estufas e a expectativa é de que os asiáticos cheguem a 150 MW de potência instalada dentro de três anos.
O Brasil tem um grande potencial de irradiação solar que facilita a instalação desse tipo de prática, para se ter uma ideia, o pior sol do país, no Paraná, é superior ao melhor sol da Alemanha. Contudo, até agora não existe muito investimento em energia solar por parte do governo, o que nos deixa atrás de países mais desenvolvidos.