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Estudo verifica população de espécie invasora

As espécies exóticas invasoras são consideradas como a segunda causa de redução da biodiversidade no mundo



As espécies exóticas invasoras são consideradas como a segunda causa de redução da biodiversidade no mundo, atrás apenas da perda de habitats por intervenção humana. São fungos, plantas e animais que apropriam-se do espaço, da água e dos alimentos das espécies nativas.

Pensando nisso, uma acadêmica do curso de geografia da Fecilcam (Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Campo Mourão), desenvolveu um projeto que buscou estimar a população da espécie exótica Melia azedarach, planta popularmente conhecida como Santa Bárbara e Cinamomo.

Orientada pelo professor Mauro Parolin, a estudante Thaia do Carmo Calderon desenvolveu o projeto na porção superior da Bacia do Rio do Campo. “Nosso objetivo foi medir a densidade de ocupação da espécie e averiguar se ela fazia frente a mata ciliar já estabelecida ”, explicou Simone.

De acordo com a pesquisa, foi demonstrado que a densidade dessa espécie é baixa na área de mata ciliar, sendo de 9,98 indivíduos por hectare. Também foi identificado um grande número de áreas onde a espécie não se fez presente e que a porcentagem de indivíduos jovens é pequena.

O único ponto onde a concentração foi maior foi no Rio do Campo, a cerca de 4km antes da junção com o Rio das Barras, onde foram contados 166 indivíduos em mil metros. “Nós notamos que essa espécie é importante na recuperação e formação das matas ciliares, e que a mesma não consegue fazer a frente a uma mata já estabelecida”, explicou Thaia.

Em quase 13 km percorridos, foi estimada uma população média de 4.320 indivíduos. Os 12.900 metros foram feitos a pé no inverno desse ano e a localização dos espécimes foi obtida por meio do Sistema de Posicionamento Global (GPS). O trabalho teve apoio da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior / Fundo Paraná.

Santa Bárbara - As espécies exóticas invasoras são organismos que se encontram fora da sua área natural de distribuição, por dispersão acidental ou intencional. No caso da Santa Bárbara, a planta é nativa originalmente da região do Paquistão, Índia e China, sendo atualmente aclimatada em diversas regiões do mundo, em função de sua facilidade de adaptação.

No Brasil, está amplamente distribuída nas regiões subtropiais, onde é utilizada como ornamental e para sombra. As discussões em torno dessa espécie exótica são divergentes, sendo que para alguns pesquisadores a espécie provoca a invasão de florestas, substituindo as espécies nativas e alterando assim o equilíbrio e a auto-sustentabilidade desses sistemas.

Segundo a portaria nº 074 do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), a M. azedarach é considerada uma espécie invasora frente ao ecosistema nativo, sendo desaconselhado o seu plantio.

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