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Estoques de café no Japão caem, mas demanda mantém projeção estável

Demanda aparente no Japão sofreu reduções nos últimos anos



Foto: Pixabay

Segundo informações divulgadas pela Hedgepoint Global Markets, os estoques de café no Japão continuam em queda. De acordo com os dados mais recentes da Japan Coffee Association (JCA), houve uma redução de 3,3% entre maio e julho, levando o volume para 2,42 milhões de sacas, um nível estável em relação ao ano passado, mas ainda abaixo da média histórica de 2,8 milhões de sacas. Essa diminuição é acompanhada por uma estabilização na demanda aparente para a temporada de 2023/24 (outubro de 2023 a junho de 2024), que já se aproxima dos níveis de 2022/23.

Laleska Moda, analista de café da Hedgepoint, destaca que, apesar dos menores estoques oferecerem suporte para as cotações, a demanda aparente no Japão sofreu reduções nos últimos anos. No entanto, ela ressalta que o consumo está estabilizado, e a expectativa é que a demanda total da temporada 23/24 atinja 6,2 milhões de sacas, o que seria praticamente o mesmo volume de 2022/23.

Exportações brasileiras batem recorde

Enquanto o Japão lida com a queda dos estoques, o Brasil registra recordes nas exportações de café. Em agosto, o país exportou 3,73 milhões de sacas, um aumento de 0,7% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados do Cecafé. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelo conilon, cujas exportações subiram 31,4% e atingiram um novo recorde histórico de 924,6 mil sacas.

A participação do conilon no mercado internacional vem crescendo, especialmente devido à restrição de oferta em países como o Vietnã. "O conilon brasileiro está ganhando força em destinos como a Europa, Japão e outros países asiáticos, e esperamos que essa tendência continue forte em 2024/25", destaca a Hedgepoint.

Tendências 

A participação do Brasil nas importações japonesas também aumentou, enquanto países como Vietnã e outros da América Latina perderam espaço. Segundo a Hedgepoint, a oferta limitada no Sudeste Asiático e os problemas climáticos têm impulsionado o café brasileiro, especialmente o conilon, que continua a ser uma escolha preferida por conta do seu preço competitivo.

Com a oferta global de robusta restrita, as exportações brasileiras devem permanecer em níveis elevados, consolidando o país como o principal fornecedor global de café, enquanto os outros produtores lidam com dificuldades de produção.

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