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Estoque de café atinge o menor nível em anos na União Europeia

O que explica a queda nos estoques da Federação Europeia do Café?



Foto: Pixabay

O relatório da Federação Europeia do Café aponta uma queda nos estoques de café na União Europeia, que atingiram a marca de 6,70 milhões de sacas. Isso representa uma redução de 4,65 milhões de sacas em comparação com o ano anterior, conforme divulgado na análise da hEDGEpoint, empresa especializada em análise de mercado. Segundo análise, a queda mensal não tenha ficou muito longe do padrão sazonal, -2% contra -1,3%.

De acordo com Natália Gandolphi, analista de Café da hEDGEpoint, essa diminuição, especialmente impulsionada pelo café robusta, apresenta desafios de fornecimento na região. "Essa queda, impulsionada principalmente pelo robusta, apresenta desafios significativos de fornecimento na União Europeia. Embora os estoques de arábica lavado permaneçam relativamente estáveis, os estoques de robusta atingiram um mínimo de 1,9M scs, representando apenas 28% do total de estoques, uma queda de 10 pontos percentuais em relação às expectativas. A queda foi especialmente impulsionada pelo robusta; os estoques de arábica lavado permaneceram praticamente inalterados (-10 mil sacas no mês), representando a maior participação entre os tipos de café (2,6M scs, ou 40% do total). O arábica natural apresentou um pequeno aumento (+8 mil sacas, para 2,1M scs), e os estoques de robusta caíram 170 mil sacas, atingindo um mínimo de 1,9M scs - agora representando apenas 28% do total dos estoques, 10 p.p. a menos do que seria esperado”, comenta Gandolphi.

A mudança nas preferências dos consumidores é evidente, com as importações de café arábica agora constituindo 70% do total importado pela União Europeia. Isso reflete uma transição em andamento no mercado de café, possivelmente influenciada por fatores econômicos, como o aumento das taxas de juros. Que está  sustentando os preços apesar do aumento dos estoques nas origens do café.

Os números das importações refletem essa tendência, com a troca entre o café arábica e o robusta nas importações da UE aumentando para 70% na média móvel de três meses encerrada em janeiro. O mercado está atento às tendências econômicas e ao comportamento dos consumidores, fatores-chave na formação da dinâmica de demanda nos destinos do café. “É importante observar que os destinos não lidaram com o cenário macroeconômico atual anteriormente, o que levou a uma diminuição dos estoques (além das características específicas de cada região). Considerando que o lado mais fraco sempre cede, os estoques mais altos nas origens são momentaneamente ignorados como fatores baixistas”, explidca a analista.

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