Estiagem preocupa produtores de pastagens
Chuvas irregulares impactam pastagens gaúchas
De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado na última quinta-feira (9) pela Emater/RS-Ascar, o estado do Rio Grande do Sul apresenta condições variadas para o desenvolvimento das pastagens. Enquanto algumas regiões se beneficiam de umidade adequada e chuvas bem distribuídas, outras enfrentam dificuldades devido à estiagem, impactando a oferta de forragem e a capacidade de suporte dos campos.
Na região de Bagé, a falta de chuvas prejudica o rebrote das pastagens anuais de verão e compromete as adubações. Nos campos nativos de Lavras do Sul, São Gabriel e Bagé, a oferta de forragem está em queda, exigindo atenção diante da intensificação da estiagem.
Em Santa Rosa, a baixa umidade do solo tem provocado murchamento e senescência das plantas em áreas drenadas, reduzindo a oferta de forragem em campos nativos e pastagens cultivadas.
Em contrapartida, regiões como Erechim, Passo Fundo e Soledade registram boas condições para o desenvolvimento das pastagens devido a chuvas regulares e aumento de temperaturas. Em Soledade, destaca-se a alta produção de matéria seca nas forrageiras de verão, garantindo uma oferta abundante de pastagens.
Na região de Frederico Westphalen, o rebrote das pastagens perenes de verão está satisfatório, apesar da presença de plantas invasoras e ataques leves de lagartas e cigarrinhas. Já em Pelotas, embora as condições climáticas sejam favoráveis em algumas áreas, a ausência de chuvas pontuais obriga os produtores a recorrerem à suplementação alimentar.
Na região de Hulha Negra, foi registrada uma boa produção de feno de trevo. Em Ijuí, os produtores seguem aplicando fertilizantes nitrogenados após o pastejo, e a produção de feno de grama tifton apresenta alta qualidade e volume elevado.
Em Júlio de Castilhos, na região de Santa Maria, foi observada uma maior incidência de cigarrinha das pastagens, exigindo atenção dos produtores.