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Estados Unidos acenam com redução de subsídios agrícolas


Os norte-americanos concordam com a redução de subsídios à produção agrícola, mas querem que o Brasil pressione da mesma forma à Europa e ao Japão. A interpretação é do ministro interino da Agricultura, José Amauri Dimarzio, que esteve reunido com o subsecretário internacional do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), J.B.Penn, que concluiu esta semana uma série de visitas a regiões agrícolas brasileiras. "A América precisa negociar com a Europa e com a Ásia. Os Estados Unidos precisam priorizar as negociações com os países da América", afirmou. "Minha impressão foi positiva. Eu estou otimista, mas posso estar errado."

Apesar de a visita de Penn ser técnica, o governo brasileiro reafirmou a postura do país com relação às negociações internacionais, principalmente para a formação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca). Em audiência recente no Senado norte-americano, o subsecretário afirmou que viria ao Brasil para 'ter uma visão de primeira mão sobre a capacidade de produção de um competidor-chave'. "Deixei claro que não haverá adesão do Brasil à Alca sem a discussão dos subsídios internos e das barreiras comerciais", explicou Dimarzio. Ele reafirmou a Penn que o Brasil pleiteia condições de igualdade para competir no mercado agrícola mundial. "Esperamos que eles pensem seriamente naquilo que estamos colocando para as negociações da Alca. Queremos discutir os subsidios." Na avaliação do ministro interino, a expectativa é de uma 'sinalização séria' dos EUA quanto à redução das subvenções.

O norte-americano revelou também ter constatado a importância do agronegócio brasileiro para o combate à fome e a geração de renda e também percebeu que agropecuária nacional é produtiva e competitiva. Os dois já haviam se encontrado no final de semana, quando Penn visitou a propriedade de Dimarzio em Acreúna (GO). A Fazenda Montreal tem mil hectares, destinados em partes iguais à rotação de cultura com pivôs (soja, milho, sorgo e feijão) e à pecuária de corte (1.600 animais, resultado de cruzamentos entre as raças Blonde D'Aquitaine, Angus e Nelore).

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