Essas ações serão afetadas pelos combustíveis
O Bradesco BBI prevê um aumento de R$ 0,77 por litro no preço do diesel até março
Na terça-feira (19), o CNPE tomou decisões importantes para as empresas de capital aberto da Bolsa. Destaca-se a antecipação e aumento progressivo da mistura obrigatória de biodiesel no óleo diesel vendido no Brasil, indo de 12% para 14% (B14) em março de 2024 e 15% (B15) em 2025. Essa medida beneficia o setor produtivo e impulsiona o processamento de soja.
Com base nisso, o Citi prevê um aumento nas vendas de biodiesel, mas mantém a perspectiva de pressão nos preços do combustível devido à tendência de menor preço do diesel, menores crack spreads (diferencial entre produto bruto e derivados) e preços mais baixos projetados para a soja.
Os analistas destacam a 3tentos (TTEN3) como potencial beneficiária, ampliando sua planta em Vera (Mato Grosso) e planejando aumentar a capacidade de moagem de soja, visando uma produção de biodiesel de 540 mil m³ por ano até 2025. O BBI sugere que o aumento na mistura obrigatória de biodiesel pode impulsionar a demanda por soja, potencialmente elevando os preços. Além da 3tentos, a SLC (SLCE3) também é vista como beneficiada, com recomendações de compra e venda, respectivamente.
O Bradesco BBI prevê um aumento de R$ 0,77 por litro no preço do diesel até março, representando um aumento de 13% na bomba. Isso se deve à retomada da tributação do PIS/Cofins em janeiro, adicionando R$ 0,30 por litro, e ao aumento do ICMS em fevereiro, com mais R$ 0,12 por litro. No entanto, esse aumento na bomba pode ser parcialmente compensado por um possível corte da Petrobras (PETR4) no preço de venda do diesel às distribuidoras, que está atualmente 10% acima da paridade de preços internacionais, permitindo uma redução de R$ 0,36 por litro.