Essa técnica pode aumentar a eficiêcia do solo
“Bioindicadores não são apenas dados científicos"
Marcus Lourenço “Polé”, biólogo, enfatiza a importância dos bioindicadores de qualidade do solo como ferramentas essenciais para a sustentabilidade no cultivo de culturas agrícolas, como soja, milho e trigo. O solo é a base da produção agrícola, e monitorá-lo de maneira eficaz é fundamental para garantir sua saúde e produtividade a longo prazo. Os bioindicadores ajudam a avaliar a qualidade do solo, oferecendo informações sobre a fertilidade, presença de poluentes e a capacidade de retenção de água, colaborando para um manejo agrícola mais eficiente e sustentável.
Bioindicadores são organismos ou processos biológicos que refletem o estado do solo. Esses organismos variam desde microrganismos, como bactérias e fungos, até organismos maiores, como minhocas e insetos. A presença de certos organismos no solo pode indicar aspectos como níveis de matéria orgânica, a eficácia de microrganismos simbióticos e os impactos do manejo agrícola, como compactação e aeração. Por exemplo, a presença de Bradyrhizobium no solo de soja garante a fixação biológica de nitrogênio, reduzindo a dependência de fertilizantes.
A utilização de bioindicadores no manejo de culturas agrícolas traz benefícios diretos aos produtores, como a identificação precoce de problemas de fertilidade e a redução de custos com insumos. Além disso, esses indicadores permitem um melhor planejamento do manejo agrícola, promovendo a sustentabilidade a longo prazo, especialmente em sistemas de monocultura. Tais ferramentas são fundamentais para garantir que os solos se mantenham produtivos e equilibrados ao longo do tempo.
“Bioindicadores não são apenas dados científicos; são aliados práticos para quem busca eficiência e sustentabilidade no campo . Incorporar essas ferramentas no manejo de culturas agrícolas é investir em um solo vivo e produtivo”, comenta, em seu perfil no LinkedIn.