Especialista alerta para influência de El Niño e dá dicas para prevenir doenças da soja
Fenômeno pode aumentar as secas no Nordeste e intensificar as chuvas no Sul
Por Paloma Santos com revisão de Aline Merladete
Após quatro anos de Lá Niña, com o fim do fenômeno meteorológico, as temperaturas no Oceano Pacífico tropical estão próximas da média histórica desde o mês de março, caracterizando uma fase de neutralidade do El Niño. As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
“Estamos saindo de um ano sobre influência do La Nña e estamos entrando no ano onde o fenômeno é o El Niño é quem vai influenciar as condições climáticas do nosso país e isso pode trazer efeitos para algumas regiões”, é o que explica o gerente sênior de marketing de cultivos soja da Basf, Vitor Bernardes.
Segundo cientistas, o fenômeno pode aumentar as secas no Nordeste e intensificar as chuvas no Sul. No Centro-Oeste do país, pode haver alguns períodos de chuvas um pouco mais prolongados. Ou seja, as mudanças podem causar grandes impactos na próxima safra e os produtores precisam estar preparados para os desafios que podem surgir.
Nesse sentido, o lançamento de um novo fungicida durante a Agrobrasília 2023 chama a atenção. De acordo com Bernardes, a tecnologia Belyan® traz uma molécula que promete melhor encaixe no sitio alvo dos fungos, permitindo maior controle e seletividade na prevenção das principais doenças fúngicas da soja.
“Se nós tivermos um período mais seco, uma planta por vezes menos hidratada, essa planta fica mais sensível aos impactos da fitotoxicidade ou da queimada das folhas que alguns outros fungicidas podem ocasionar”, explica.