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Erosão acelerada coloca em risco segurança alimentar

À medida que o esgotamento do solo se agrava, os meios de subsistência da população também são afetados



Devido à erosão acelerada, mais de 90% dos solos da Terra poderiam degradar até 2050, o que colocaria em risco a segurança alimentar, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). O solo está cheio de água, nutrientes e microrganismos essenciais para a produção de alimentos, no entanto, a restauração de alguns centímetros pode levar até mil anos, disse a agência em seu site. 

A cada cinco segundos, uma superfície do solo equivalente a um campo de futebol é erodida e, embora seja um fenômeno natural devido à remoção da camada superficial de água ou vento, ela é exacerbada por atividades humanas, como pastoreio excessivo, agricultura intensiva ou a desmatamento. O assunto será analisado durante o Simpósio Mundial sobre a Erosão do Solo (GSER19), um encontro científico-normativo que acontecerá de 15 a 17 de maio na sede da FAO em Roma, Itália. 

A agência listou algumas ações que ameaçam a segurança alimentar e sugeriu que a erosão do solo pode reduzir os rendimentos agrícolas em até 50%, o que significa que as culturas tendem a ser de menor qualidade, ou seja, menores e menos nutritivas. Além disso, a remoção das camadas do solo resulta na perda de minerais e nutrientes do solo, o que leva à degradação dos ecossistemas e que pode aumentar a frequência e a intensidade de desastres naturais, como deslizamentos de terra e inundações. 

À medida que o esgotamento do solo se agrava, os meios de subsistência da população também são afetados e essa condição os obriga a mover-se para outro local, que está relacionado a situações de pobreza e migração descontrolada. 

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