Entrevista – Brasil já é 2ª maior mercado de gigante dos agroquímicos
Em apenas oito anos, a Albaugh Brasil é a empresa que mais cresceu no segmento
Neste ano de 2024, a operação brasileira da Albaugh avançou para se tornar a segunda região com maiores vendas em toda a companhia. Com mais de 50 produtos em comercialização, a empresa planeja lançar mais de 5 produtos ao ano nos próximos anos. Confira a entrevista exclusiva com o presidente e CEO da Albaugh Brasil e Paraguai, Cesar Rojas, no momento em que a empresa completa 45 anos.
Poderia resumir como começou a história da Albaugh no setor de agroquímicos?
Cesar Rojas – A Albaugh nasceu nos Estados Unidos fundada pelo produtor rural e empresário Dennis Albaugh, na cidade de Ankeny, Iowa, em 1979. Ele fundou a empresa com um propósito visionário: tornar-se a alternativa preferida pelos agricultores e parceiros da distribuição em defensivos, entregando produtos de alta qualidade, além de ótimo atendimento e o melhor custo-benefício. A dedicação de Dennis Albaugh a esse objetivo transformou o que antes era uma operação local em uma companhia global, presente em mais de 80 países, com 13 fábricas, incluindo a nossa, no Brasil, e mais de 150 ativos comercializados em um crescente portifólio.
Qual a posição da Albaugh hoje no setor de defensivos agrícolas em caráter global?
Cesar Rojas – Estamos posicionados entre as 10 maiores companhias de defensivos agrícolas. A Albaugh segue uma estratégia de produção dos produtos nos países que possui comercialização para garantir a qualidade dos produtos e o serviço adequado aos produtores. A presença global de nossa empresa se divide em seis regiões de negócios e, entre estas, o Brasil se destaca pela rapidez em consolidar-se entre as top 10 (e não é a décima) do mercado brasileiro em menos de dez anos, atuar a nível nacional, ser reconhecida pelos agricultores e distribuidores como uma empresa que transmite confiança além de ter o portfólio mais completo da indústria.
Como e quando a Albaugh chegou ao Brasil?
Cesar Rojas – Em 2015, a Albaugh comprou a empresa Consagro, propriedade da FMC agregando um portfólio que alavancou o início de suas operações no Brasil em 2016, seguindo o sucesso obtido nos Estados Unidos. Ressaltemos que a Albaugh Brasil surgiu ancorada nos mesmos princípios e valores criados por seu fundador.
Qual o cenário atual da Albaugh no Brasil?
Cesar Rojas – No território nacional, a Albaugh mantém uma das mais modernas unidades industriais de agroquímicos do país, na qual produz inseticidas, fungicidas e herbicidas. A planta concentra toda a produção destinada ao mercado local e exportações às empresas do grupo. É também conhecida, globalmente, pela ampla capacidade de manufatura de fungicidas cúpricos. Além do parque produtivo, o complexo industrial da Albaugh Brasil abriga dois laboratórios, para desenvolvimento de formulações e controle de qualidade. Mantém, ainda, uma área de vegetação nativa e protegida, que corresponde a mais de 30% da área total do complexo.
Em termos de resultados, neste ano (2024), a operação do Brasil avançou para a segunda região com maiores vendas em toda a companhia. Hoje, no Brasil, temos um dos mais abrangentes portfólios do segmento, com mais de 50 produtos em comercialização e não estamos acomodados com o que temos, temos um pipeline que nos permitirá lançar mais de 5 produtos ao ano nos próximos anos para cada vez mais trazer alternativas aos nossos clientes. Seguiremos crescendo, investindo em nossas pessoas e na estrutura do negócio, conforme nosso plano estratégico.
Quais as culturas-chave para o negócio da Albaugh no Brasil?
Cesar Rojas – Reconhecida no mercado brasileiro pela expansão contínua de portfólio, em todas as categorias de agroquímicos, a Albaugh atende principalmente aos cultivos de soja, milho, algodão, café, citros, cana-de-açúcar, feijão, trigo, pastagens, arroz e sorgo. Recentemente, conquistou posição estratégica na área de inseticidas. Com lançamentos em série, consolidou uma oferta acima de 20 soluções do gênero, entre estas marcas já reconhecidas pelo agricultor, como Afiado®, Krypto® para soja e milho, Porcel® na cana de açúcar.
De agora para o futuro, como o sr. vê as perspectivas de crescimento para a companhia?
Cesar Rojas – Em apenas oito anos, a Albaugh Brasil é a empresa que mais cresceu no segmento, conquistando espaço entre as líderes e tornando-se atrativa para profissionais do agro. Hoje, a operação local conta com mais de 300 pessoas e diversas equipes atuantes em todo o país. Possuiu três diretorias comerciais e regionais de venda especializadas conforme o modelo comercial do cliente e as culturas-foco, atuando em todo o território nacional. Temos no campo uma equipe de desenvolvimento de mercado totalmente dedicada, com pessoas específicas que focam em cada uma dessas regionais e em seus clientes.
Enxergamos o negócio com um enorme potencial para competir com os principais players do setor em todas as culturas. Nossas soluções agroquímicas entregam resultados ao produtor com uma relação custo-benefício diferenciada. Passamos a oferecer formulações mais concentradas comparativamente aos tratamentos-padrão em diversas culturas e isso tem nos diferenciado no mercado. Estamos firmes no propósito de ser a melhor “alternativa” do agricultor brasileiro e distribuidores, em face dos diferenciais competitivos que podemos entregar a ele.
Poderia falar um pouco da cultura da empresa, daquilo em que ela acredita dentro e fora do Brasil?
Cesar Rojas – Temos um mantra na Albaugh: priorizar, simplificar e implementar. Juntamente aos valores da nossa empresa, esse mantra define o nosso jeito de ser e molda nossa cultura. Saber priorizar é assegurar o foco naquilo que é importante para a satisfação do nosso cliente. Saber simplificar nos confere agilidade para responder as demandas do mercado no momento certo e trazer agilidade em nossa operação.
Por sua vez, implementar refere-se a nossa entrega, com o compromisso da qualidade, preços competitivos e excelência no atendimento. É manter sempre o foco na construção da confiança perante os clientes e as comunidades com as quais nos relacionamos. Também colocamos a sustentabilidade em tudo o que fazemos, sendo esse também um dos nossos valores intrínsecos. Procuramos minimizar o impacto no meio ambiente e criamos oportunidades para pensar diferente e obter melhores resultados. Um exemplo disso se dá em nosso próprio Complexo Industrial: usamos 100% da energia de nossa unidade industrial vindas de fontes renováveis.