Empresas químicas convocam medidas contra braço da OMS
Depois de denúncia, entidade de empresas químicas reage
Depois de uma reportagem da agência Reuters que denunciou uma fraude na divulgação de um estudo da Agência International de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) onde a conclusão é de que o glifosato seria cancerígeno, o Conselho Americano de Química, que reúne empresas do setor, decidiu reagir através de um comunicado do seu CEO, Cal Dooler. No comunicado, os membros prometem tomar medidas contra a IARC.
Cal Dooler pediu uma investigação sobre a IARC. "O ACC e outras entidades solicitaram a reforma da IARC com base na persistente falta de transparência e conflitos de interesses generalizados dentro do programa de Monografias. [...] Faço um apelo a todos os países e organizações que fornecem fundos para a IARC para que se unam a mim e convoquem uma investigação do programa das Monografias e a implementação de reformas," diz o comunicado de Dooley.
Cal Dooley também alertou para a falta credibilidade da agência e a necessidade de rever todas as monografias já escritas pelo órgão. "Apresenta também novas provas perturbadoras de que a IARC demonstrou falta de objetividade, credibilidade e integridade. A omissão deliberada de provas críticas revelada por esse novo relatório deve ser motivo de grande preocupação para todas as pessoas e instituições que acreditam que a ciência imparcial deve ser o maior elemento de revelação da verdade e de equilíbrio nos acalorados debates sobre políticas. Nesse caso, parece que a ciência falou a verdade, mas a IARC não."
Finalmente, o Conselho Americano de Química diz que as pessoas responsáveis sofrerão as devidas consequências. "As alegações de hoje, porém, de nítida manipulação das informações e a desconsideração de provas científicas claras reforçam a necessidade urgente de uma investigação completa conduzida por terceiros independentes. Em última análise, a liderança e a equipe da IARC devem ser responsabilizadas", conclui