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Embrapa lança duas variedades de bananeiras resistentes à sigatoka-negra



Frente à ameaça da sigatoka negra, a mais temível doença já diagnosticada da bananeira, a Embrapa vem desenvolvendo pesquisas e disponibilizando cultivares resistentes e ensinando novas práticas de cultivo aos produtores rurais da Amazônia.

Nesta terça-feira (31-08), a Embrapa Amazônia Ocidental (Manaus/AM) lançou mais duas cultivares de bananeiras resistentes ao mal: Prata Caprichosa e Prata Garantida, que também são resistentes à sigatoka amarela e ao mal-do-Panamá, e fazendo a recomendação técnica da cultivar Pelipita, resistente a sikatoga negra. O evento ocorreu no Auditório do Parque de Exposições Agropecuárias Angelino Beviláqua (Expoagro), em Manaus (AM).

A Prata Caprichosa apresenta rendimento agronômico de três a cinco vezes superior e maior resistência ao despencamento que a cultivar Prata Comum, com sabor idêntico.

A Prata Garantida tem número e tamanho de frutos e produtividade superiores as cultivares Prata São Tomé e Prata Comum. Os frutos apresentam sabor mais adocicado do que os da Prata São Tomé e possuem resistência ao despencamento quando comparados à Prata Comum.

A cultivar Pelipita está sendo recomendada pela Embrapa com o objetivo de substituir as bananas D"angola ou Pacovan e Terra ou Pacovi, as quais têm sofrido redução significativa nas suas produções devido ao ataque severo da sigatoka-negra.

Os frutos da cultivar Pelipita apresentam vantagens comparativas em relação aos frutos da banana D"angola ou Pacovan, tais como 650% mais fibra e 625% menos gordura na polpa, o que lhe confere maiores digestibilidade e rendimento industrial, quando empregadas na fabricação de farinha e banana "chips".

A Embrapa pesquisa alternativas de combate à sigatoka-negra desde a entrada da doença no Brasil, em 1998. Já recomendou cinco variedades e agora vai aconselhar os produtores a adotarem mais três cultivares.

A sigatoka-negra, causada pelo fungo Mycosphaerella fijiensis, já dizimou bananais nativos na região Norte, Centro Oeste e mais recentemente vem atingindo as plantações do Vale do Ribeira, em São Paulo, onde se concentrada 20% da produção nacional de bananas.

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