Egito busca autossuficiência em trigo
Além disso, o Egito possui um sistema de subsídios alimentares
Nos últimos anos, o Egito tem investido de forma significativa para aumentar sua produção de trigo, com o objetivo de reduzir sua dependência das importações. O país, maior produtor e consumidor de trigo da África, viu sua conta de importação atingir US$ 3,8 bilhões entre 2017 e 2021. Em 2024-25, a produção local de trigo é estimada em 9,2 milhões de toneladas, um leve aumento em relação ao ano anterior, mas ainda abaixo do consumo interno, que ultrapassa 20 milhões de toneladas anuais.
O governo egípcio, por meio do Ministério da Agricultura, tem implementado uma série de medidas para expandir a produção, como a ampliação de áreas cultivadas e o uso de tecnologias modernas de irrigação, como o sistema de Irrigação Mecanizada em Leito Elevado (MRBI), que melhora a eficiência no uso da água e aumenta a produtividade. Com o objetivo de atingir 11,5 milhões de toneladas até 2025, o país também tem investido em variedades de trigo de alto rendimento e em programas de financiamento para os produtores, com preços garantidos para a aquisição de trigo pelo governo.
Além disso, o Egito possui um sistema de subsídios alimentares que garante o acesso da população ao pão e à farinha a preços mais baixos. Em 2023, cerca de 73 milhões de pessoas se beneficiaram desses programas. Apesar disso, o país continua a ser o maior importador mundial de trigo, com a Rússia, Ucrânia e Romênia como seus principais fornecedores. O governo egípcio pretende reduzir sua dependência das importações, com a expectativa de economizar até US$ 1,1 bilhão ao melhorar o armazenamento e reduzir as perdas pós-colheita.