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É preciso mais estudo para analisar a Cigarrinha-africana

“Morfologicamente são três as diferenças de uma cigarrinha para outra"



Foto: Sheila Flores

Dados semelhantes aos obtidos por tecnologias como armadilhas de inteligência artificial são fundamentais para compreender e controlar a praga da Cigarrinha-africana no Brasil, onde sua presença é recente, com registros em Goiás, Rio Grande do Sul e Paraná. Esses dados são essenciais para monitorar a disseminação da praga e criar estratégias de manejo eficazes.

O entomologista da Cooperativa Central Gaúcha (CCGL), Glauber Stürmer, acredita que é apenas uma questão de tempo até que a praga seja oficialmente encontrada nas principais regiões produtoras de milho no Brasil. Ao contrário da "prima" Dalbulus maidis, conhecida como Cigarrinha-do-milho, essa espécie tem um potencial de dano e um número menor de exemplares. No entanto, o pesquisador destaca que são necessários estudos e pesquisas para determinar seu verdadeiro potencial de infestação e os prejuízos que pode causar.

“Morfologicamente são três as diferenças de uma cigarrinha para outra. Até o momento presumimos que potencial de danos também seja parecido”, relata o especialista. Em outros países a Cigarrinha-africana é bastante problemática em gramíneas, principalmente capim. Em Goiás, já está presente em sorgo, capim-elefante e até no feijão. “Então, o que nos preocupa um pouco mais é essa característica de infestação em diferentes plantas”, aponta Stürmer.

De acordo com o entomologista, basicamente, hoje as ferramentas de manejo para as cigarrinhas estão alicerçadas em tolerância genética dos híbridos de milho, manejo químico e biológico e a integração de algumas outras táticas. “Por exemplo, sincronização no processo de semeadura, a redução de ponte verde na questão de milho tiguera, que emerge involuntariamente. Todos esses aspectos devem ser preconizados, porque não existe uma solução única e sim a integração de ações. Mesmo o controle químico, tem uma performance baixa para o controle dessas espécies”, alerta.

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