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Duto para transporte de álcool visa escoar a produção para o mercado externo

O governo pretende construir um duto de 920 quilômetros de extensão para transporte de etanol de Campo Grande (MS), até o Porto de Paranaguá (PR)



O governo pretende construir um duto de 920 quilômetros de extensão para transporte de etanol (álcool etílico) saindo de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, até o Porto de Paranaguá, no Paraná. O objetivo, segundo o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, é escoar a produção de álcool da área de influência do alcoolduto para o mercado de exportação.

“A idéia é ter uma logística de exportação a custos competitivos, aproveitando as oportunidades de mercado geradas pelo potencial de capacitação da parcela excedente de álcool da região”, disse o ministro em cerimônia que marcou a assinatura de termo de cooperação técnica para criar grupo de estudo que vai avaliar a viabilidade técnica e financeira do alcooduto.

O estudo será feito em conjunto por técnicos da Petrobras e dos governos de Mato Grosso do Sul e do Paraná. Lobão revelou que, em 2006, a Petrobras contratou uma consultoria para avaliar a viabilidade da construção de um duto no mesmo trecho. “Mas, baseados nas expectativas de produção com o crescimento do mercado interno, e associado a um aumento dos custos de produção, esses estudos indicaram, na época, que o empreendimento não era viável”, afirmou.

Agora, o grupo de estudo, segundo o ministro, será responsável por fazer a análise prévia não só da viabilidade financeira, mas também definirá o traçado do duto, fará levantamento dos volumes de produção de álcool na região, avaliará o impacto ambiental da obra e também vai elaborar o orçamento do empreendimento. O prazo de conclusão do relatório é de 90 dias.

O Brasil é dono da segunda posição mundial em produção de etanol. São 22 bilhões de litros anuais produzidos. “Estamos caminhando para sermos o primeiro”, previu Lobão. Segundo ele, os estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul respondem por metade do etanol produzido no país. “Esse é um país que cresce”, disse o ministro.
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