Desenvolvimento da safra: desafios e perspectivas em meio à escassez de chuva
Agricultores enfrentam incertezas devido à irregularidade das chuvas e adotam tecnologia avançada para otimizar cultivos
No cenário agrícola do Tocantins, a preocupação dos produtores rurais aumenta à medida que a escassez de chuvas persiste, impactando diretamente o desenvolvimento da safra. Em entrevista exclusiva, o piloto e empresário, Ico Pilau conversou com o Portal Agrolink sobre a situação atual e as expectativas para o futuro da colheita. Os agricultores estão enfrentando desafios significativos devido à falta de chuva. Pilau destacou a importância da chuva para o desenvolvimento das lavouras, ressaltando que, caso a precipitação não normalize, há o risco de quebra na colheita.
Pilau ainda explicou que, se a situação persistir, algumas lavouras podem não se desenvolver adequadamente, levando à necessidade de alternativas, como plantar milho em substituição a soja e feijão em lugar do arroz. A escassez de água nos canais de irrigação, especialmente na produção de arroz, preocupa os agricultores, pois os mananciais estão abaixo do nível médio devido à ausência de chuvas. Quanto à evolução da soja, apesar das condições desfavoráveis, a aplicação de fertilizantes e a espera por chuvas de 10 a 20 milímetros podem favorecer o desenvolvimento da cultura.
No entanto, a situação é mais crítica para a produção de arroz, onde a parede de arroz enfrenta escassez de água nos canais, impactando diretamente o fornecimento de água necessário para a irrigação.
Em meio às adversidades climáticas, Pilau ressaltou que os avanços na tecnologia agrícola, especialmente na aviação. Ele destacou que as aplicações aéreas são baseadas em tecnologia digital, utilizando o DGPS para mapear as áreas de cultivo. A tecnologia atual permite maior controle sobre a deriva de produtos químicos, minimizando os riscos ambientais e garantindo uma aplicação precisa.
O piloto enfatizou que, atualmente, a deriva é controlada por meio do monitoramento rigoroso do vento, tamanho das gotas e altura do voo. As regulamentações exigem que as aplicações ocorram a uma distância segura de 500 metros de vilas, povoados e áreas sensíveis. A utilização responsável da tecnologia contribui para reduzir os impactos ambientais e garantir a eficácia das práticas agrícolas.
Enquanto os agricultores enfrentam um cenário incerto devido à escassez de chuva, a tecnologia emerge como uma aliada na busca por soluções e na otimização dos cultivos.