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Descoberta nova tecnologia que torna esgoto em fertilizante

Novo processo elimina o mau cheiro



Foto: Pixabay

O Grupo de Pesquisa RNM-271 do Departamento de Engenharia Química da Universidade de Córdoba, juntamente com o Grupo de Pesquisa RNM-270 da Universidade de Granada, validou com sucesso uma nova tecnologia que transforma mais o lodo de esgoto em fertilizante de forma mais eficiente. O sistema, testado em escala industrial, evita os maus odores gerados durante o processo de compostagem e reduz o tempo necessário para estabilizar e esterilizar a matéria orgânica na lama em até dois meses e convertê-la em fertilizante. 

Esta é uma tecnologia emergente que utiliza uma série de membranas móveis e semipermeáveis, sob as quais o processo de compostagem ocorre. Essas coberturas permitem a passagem de moléculas como o dióxido de carbono, enquanto bloqueiam outras, como a amônia, que causa maus odores. 

A tecnologia utiliza um sistema de aeração forçada sob a cobertura, o que ajuda a estimular processos aeróbicos realizados por populações microbianas, bactérias e fungos. Usando essa abordagem, o processo de compostagem é acelerado em cerca de dois meses em comparação com o método usual de tratamento de lodo em baterias aeradas e em um mês em comparação com outro método clássico que utiliza contêineres de concreto. A evolução na diversidade de populações bacterianas, fúngicas e virais identificadas por técnicas de sequenciamento em massa revelou a especificidade de cada fase do processo. 

As coberturas móveis permitem controlar as temperaturas durante todo o processo, que, durante o primeiro estágio, ultrapassam o ponto crítico de 55 graus, a temperatura necessária para a esterilização da matéria orgânica presente na lama. 

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