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Desafios permeiam o futuro do câmbio

“A inflação ao produtor atingiu os menores níveis da série histórica"



Foto: Pixabay

De acordo com um novo relatório divulgado pelo Rabobank, o cenário externo pode trazer desafios pela frente no que tange ao câmbio. “Nas economias avançadas o processo de aperto monetário parece próximo do fim. No Brasil, os dados recentes de inflação mostram maior acomodação, puxada sobretudo pela inflação ao produtor, em razão do declínio nos preços das commodities agrícolas e metálicas, e o BRL mais valorizado”, diz o relatório.

“A inflação ao produtor atingiu os menores níveis da série histórica, repercutindo sobretudo na inflação de alimentos e bens industriais, mas este processo parece estar no fim. Prevemos inflação medida pelo IPCA em 5,4% ao fim de 2023 e em 3,7% para 2024. Para
o segundo semestre, temos um cenário mais desafiador para a inflação sem o efeito da desoneração de combustíveis, mercado de trabalho ainda aquecido e risco de El Niño”, completa.

No front externo, diz a entidade, o fim iminente do aperto monetário pelos grandes BCs tem levado investidores ao alto retorno de juros latino-americanos. “A aprovação de reformas pragmáticas como o novo arcabouço fiscal tem ajudado na melhora dos prêmios de riscos domésticos. Por fim, a balança comercial continua atingindo recordes de superavit, diante da safra agrícola recorde. Contudo, é possível ainda uma reprecificação do ciclo monetário global. Com um relaxamento monetário local, e riscos fiscais e climáticos, esperamos que o Real seja negociado em 5,05 no fim de 2023 e de 5,15 no fim de 2024”, conclui o Banco, que divulgou um relatório sobre os principais pontos da economia agrícola.

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