Desafios no mercado de trigo gaúcho
O mercado futuro para exportação está alinhado com os preços globais
O mercado futuro para exportação está alinhado com os preços globais - Foto: Canva
De acordo com a TF Agroeconômica, o mercado de trigo no Rio Grande do Sul enfrenta desafios significativos, com baixa demanda e moinhos bem abastecidos, especialmente com trigos de qualidade mediana. Em setembro, as moagens foram reduzidas, levando os moinhos a se voltarem para a safra nova. O vendedor busca R$ 1.250,00 FOB para trigos com PH mínimo de 77 e qualidade panificável, mas esses preços não estão sendo atingidos. Os moinhos optaram por não fazer novas ofertas, observando atentamente a evolução da safra que se inicia em meados de outubro.
O mercado futuro para exportação está alinhado com os preços globais, com o valor sobre rodas no porto em R$ 1.210,00 no melhor momento do câmbio futuro, para entregas em novembro e pagamento até o final de janeiro. No mercado interno, os vendedores pedem R$ 1.150,00 para trigo panificável, mas os moinhos locais permanecem ausentes, enquanto moinhos no Paraná indicam R$ 1.100,00, levando em conta os custos de frete e ICMS. Em Panambi, o preço da saca ao produtor para trigo com PH 78 manteve-se em R$ 70,00 .
Em Santa Catarina, os moinhos aguardam tanto a nova safra local quanto a colheita do trigo gaúcho para reabastecimento, mas a demanda por farinha segue fraca. Os preços de pedra na região fecharam a semana entre R$ 67,67 e R$ 76,48, dependendo da localidade, com destaque para os R$ 75,25 em São Miguel do Oeste e R$ 76,48 em Campos Novos .
No Paraná, o mercado também está pressionado, com os preços do trigo variando entre R$ 1.450 e R$ 1.500 FOB. O trigo da nova safra gaúcha, que chega a preços mais baixos, pressiona ainda mais o mercado local, com valores CIF entre R$ 1.300 e R$ 1.380, dependendo da região .
