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Desafios climáticos e perspectivas da safra 2024/25

O ano safra 2024/25 começa sob a influência da transição climática do El Niño para a


O ano safra 2024/25 começa sob a influência da transição climática do El Niño para a La Niña O ano safra 2024/25 começa sob a influência da transição climática do El Niño para a La Niña - Foto: Pixabay

O Itaú BBA divulgou a 5ª edição do seu estudo "Visão Agro", conduzido pelo time de Consultoria Agro, oferecendo um panorama detalhado do agronegócio para o ano safra 2024/25. De acordo com o estudo, o tom cauteloso que foi adotado para o ciclo 2023/24 continua a prevalecer, agora com nuances ajustadas às realidades específicas de cada cultura. 

O ano safra 2024/25 começa sob a influência da transição climática do El Niño para a La Niña. O ciclo 2023/24 foi marcado por falta de chuvas e excesso de calor, afetando severamente as safras de verão no Centro-Oeste e as culturas perenes no Sudeste. Esses impactos ainda reverberam e influenciam as previsões para a próxima safra.

Para os grãos, especialmente soja e milho, o panorama não indica uma reviravolta significativa nos preços. A evolução da safra americana, que é crucial para definir as expectativas, não mostra grandes dificuldades até o momento. A safra sul-americana, por sua vez, enfrentará desafios relacionados à intensidade da La Niña, que pode trazer chuvas para regiões como o sul do Brasil, Argentina e Paraguai. 

O clima seco do final do ano passado impactou negativamente o desenvolvimento da cana-de-açúcar, reduzindo a moagem para 2024, enquanto o cenário é mais positivo para a oferta de açúcar em outros países produtores. O café e a laranja, também afetados pela seca, devem enfrentar safras menores, mantendo os preços elevados e impactando as margens. No setor de proteínas animais, os preços e a dinâmica de exportação são mais favoráveis para suínos em comparação com aves, com uma expectativa geral positiva para o final de 2024 e 2025. 

Em meio a um ambiente global volátil e tensões geopolíticas, a gestão de riscos continua sendo fundamental. Caso haja uma desvalorização do dólar e uma diminuição nos juros nos EUA, os preços das commodities, especialmente aquelas em que o Brasil desempenha um papel significativo, poderão ser positivamente impactados. 
 

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