Derivados: demanda freada por encarecimentos

Os preços dos derivados da soja no Brasil tiveram um aumento de preço nesse meio de semana, mas a demanda foi freada por encarecimento dos fretes e da matéria prima, de acordo com informações que foram divulgadas pela TF Agroeconômica. “Basta olhar os gráficos para saber que a soja em grão subiu US$ 122,33/tonelada nos últimos 12 meses, o farelo subiu US$ 160/tonelada curta nos últimos seis meses e o óleo de soja subiu US$ 22,97 por libra-peso nos últimos 12meses”, comenta.

“No mesmo período o petróleo passou de US$ 30 para 90 o barril e os fretes, gravados pelos problemas de covid nos portos e aumento do comércio da internet, triplicou de preço. Isto está matando os produtores de carne em todo o mundo, desde o Brasil até a China. E refreando a demanda de todo o complexo de soja, principalmente na China, que nunca teve um ano tão conturbado como os meses entre um ano Lunar e outro. Sim, há picos de demanda de farelo, mas não uma demanda constante”, completa.

De um lado, temos preços extremamente atraentes para os produtores de soja em todo o mundo (é a vez dos americanos plantarem agora) e, por outro, preços extremamente elevados para a demanda. “Então, toda a atenção deverá ser posta no comportamento dos produtores americanos: se aumentarem a área, haverá forte queda nos preços; se simplesmente a mantiverem, haverá queda média; se reduzirem, os preços poderão se manter elevados”, indica.

“O dólar emendou o terceiro pregão seguido de queda na sessão desta quarta-feira (16), marcada por recuperação dos preços das commodities e enfraquecimento global da moeda americana. Operadores voltaram a relatar forte apetite de estrangeiros por ativos domésticos (bolsa e renda fixa) e fechamento de câmbio por parte de exportadores”, conclui.