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Decisão da OMC pode ajudar fruta brasileira


O Brasil pode ser um dos beneficiados com decisão anunciada ontem pela Organização Mundial de Comercio (OMC), condenando o Japão por barreiras na importação de frutas.

Os juízes da OMC deram razão à queixa dos Estados Unidos, de que o sistema de quarentena imposto por Tóquio na importação de maçãs viola as regras internacionais. O sistema é considerado duro demais, mesmo francamente protecionista e custoso.

Os exportadores tem que inspecionar a produção três vezes por ano e desinfetar com cloro a superfície da frutas para prevenir a transmissão de tipos de doenças, antes de poder entrar no mercado japonês.

Os produtores dos EUA alegaram que não há nenhum risco de "fire blight" (fogo bacteriano) e dizem que as restrições japonesas tornaram os custos das maçãs tão altos que tiraram sua competitividade no mercado japonês.

O Japão, país conhecido pela quase obsessão com questões de saúde, anunciou que vai recorrer ao Órgão de Apelação, o que lhe dá mais alguns meses de protelação.

O Brasil participou como terceira parte envolvida na briga. E a decisão dos juízes reforça sua pressão para Tóquio autorizar a entrada de mangas brasileiras.

Após 18 anos de todo tipo de marchas e contra marchas sem nunca ter fim, os japoneses aceitaram um protocolo para dar o sinal verde para a manga brasileira. Mas até agora não implementaram a medida. Levantando outro problema fito-sanitário sobre espécies de doenças da carambola que ocorrem a 2.300 quilometros da área de produção de manga para exportações.

Uma manga das Filipinas nos supermercados nipônicos chega a custar US$ 15 comparado a US$ 2 na Europa. Para os brasileiros, é mais que um grande mercado. A autorização para exportar pode abrir o caminho para outros países.

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