De março para abril, vendas externas de ovos férteis recuaram mais de 25%
As exportações de ovos férteis destinados à produção de pintos de corte recuaram mais de um quarto em relação
Depois de atingirem, em março, o maior volume dos últimos três anos, em abril passado as exportações brasileiras de ovos férteis destinados à produção de pintos de corte recuaram mais de um quarto em relação ao mês anterior. Ficaram limitadas a, aproximadamente, 15,6 milhões de unidades, volume que, a despeito do forte recuo mensal, foi cerca de 9% superior ao do mesmo mês de 2021.
Com o último resultado o total acumulado nos quatro primeiros meses de 2022 soma pouco mais de 68,9 milhões de unidades, redundando em aumento de mais de 18% em relação a idêntico quadrimestre do ano passado.
Correspondendo a 191,4 mil caixas de 30 dúzias, o acumulado neste ano interrompe uma série de incrementos iniciada no terceiro quadrimestre de 2020, imediatamente após o total exportado ter retrocedido a um dos menores volumes de todos os tempos (segundo quadrimestre de 2020, em decorrência da semi-paralisação dos transportes com o reconhecimento da ocorrência de uma pandemia).
Mas o recuo começou antes, em 2019. Não porque a demanda externa sofresse retração, mas em função de uma forte e crescente demanda interna, fator que levou os produtores a reorientarem suas vendas. Por isso, depois de atingirem recorde histórico no primeiro quadrimestre de 2019, no quadrimestre final daquele exercício o volume exportado caiu quase à metade.
Aparentemente, o fenômeno volta a se repetir em 2022, ou seja, a demanda pelos ovos férteis (e/ou pintos de um dia) é firme, quer interna quer externamente, mas a produção insuficiente para atende-la (inclusive porque o alojamento de novas reprodutoras teve aumento mínimo no ano passado, pouco mais de meio por cento). Assim, a redução no volume exportado observada em abril pode ser efeito do redirecionamento da produção para o mercado interno.