Chuvas aliviam impacto da seca no feijão da 2ª safra

A colheita do feijão segunda safra segue em fase inicial no Rio Grande do Sul, com avanço limitado pela necessidade de conclusão do ciclo das lavouras. Conforme o Informativo Conjuntural divulgado na quinta-feira (3) pela Emater/RS-Ascar, a área cultivada no estado é estimada em 11.913 hectares, com uma produtividade projetada de 1.527 quilos por hectare.

De acordo com o documento, as chuvas registradas no dia 27 de março ajudaram a atenuar os efeitos do clima seco que predominou ao longo do mês e comprometeu o desenvolvimento das plantas. “As precipitações favoreceram a recuperação de muitas lavouras, embora existam perdas causadas pela restrição hídrica”, aponta a Emater.

A assistência técnica também relata a conclusão das adubações nitrogenadas de cobertura. O monitoramento de pragas, como tripes e ácaros, foi intensificado em razão do clima seco, que favorece a proliferação desses organismos. A antracnose, doença fúngica de relevância para o feijão, também está sendo acompanhada.

A situação das lavouras varia conforme a região. Em Erechim, o desenvolvimento vegetativo está sendo favorecido pela reposição hídrica. Em Frederico Westphalen, 80% das áreas estão em floração e enchimento de grãos. Na região de Ijuí, mais de 70% da cultura está em formação de grãos, com colheita atingindo 2% da área. “O potencial produtivo é satisfatório, assim como as condições fitossanitárias”, informa o boletim.

Já em Santa Maria, a produtividade inicial não deve se confirmar. “A escassez de chuvas em março comprometeu o desenvolvimento das plantas em floração e enchimento de grãos”, aponta a Emater. Apenas na última semana do mês ocorreram precipitações mais abrangentes.

Em Soledade, a distribuição das lavouras por fase é a seguinte: 30% estão em desenvolvimento vegetativo, 40% em floração e 30% em enchimento de grãos.