Café: impacto do grão na cultura e economia brasileira
Setor cafeeiro brasileiro ganha destaque no Dia Internacional do Café
O Dia Internacional do Café é celebrado nesta terça-feira, 1º de outubro, destacando uma das bebidas mais populares no mundo. Criada pela Organização Internacional do Café (OIC), a data deste ano tem como tema "Café: seu ritual diário, nossa jornada compartilhada", com foco em promover práticas mais sustentáveis, apoiar os cafeicultores e incentivar um mercado equilibrado e consciente.
Segundo o divulgado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), para o Brasil, maior produtor e exportador de café do mundo, a data ressalta a importância do setor para a economia e a cultura do país. O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destacou o impacto do café na vida dos brasileiros e na economia nacional. "O café faz parte do cotidiano brasileiro e é de grande importância para a economia do país. Somos o maior produtor e exportador de café do mundo e trabalhamos para que os produtores rurais tenham cada vez mais oportunidades de expandir sua produção."
No Brasil, os principais tipos de café cultivados são o arábica (Coffea arabica) e o conilon (Coffea canephora). De acordo com a Coordenação Geral do Café do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o arábica é o mais produzido, representando cerca de 70% da produção nacional, sendo cultivado principalmente em Minas Gerais, São Paulo e Paraná. Já o conilon, que corresponde a 30% da produção, se destaca nos estados do Espírito Santo e Rondônia.
Segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) do Mapa, nos primeiros oito meses deste ano, o Brasil exportou US$ 7,17 bilhões em café, um aumento de 45% em relação ao mesmo período de 2023. O volume exportado atingiu 1,82 milhões de toneladas, com crescimento de 43%. Os principais destinos do café brasileiro foram Estados Unidos, Alemanha, Bélgica e Itália.
O Governo Federal tem trabalhado para fortalecer a presença do café brasileiro no mercado internacional. Em junho deste ano, durante missão oficial à China, foram assinados acordos com a Luckin Coffee, a maior rede de cafeterias chinesa. O acordo viabiliza a compra de aproximadamente 120 mil toneladas de café brasileiro, com valor estimado em US$ 500 milhões.
Além disso, o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), gerido pelo Mapa, tem sido uma importante ferramenta de apoio financeiro à cadeia produtiva do café, fornecendo recursos para estocagem, comercialização e recuperação de cafezais. Até o momento, foram contratados R$ 5,7 bilhões para a safra 24/25, dos quais R$ 1,7 bilhão já foi aplicado.