Cultura do milho atrai centenas de participantes ao Fundação MT em Campo 2016 – 2ª Safra
No dia 4 de junho o evento também acontece em Sapezal (MT)
Realizado no último sábado (7), em Nova Mutum (MT), no Centro de Aprendizagem e Difusão (CAD), o Fundação MT em Campo – 2ª Safra reuniu 400 pessoas para acompanhar os experimentos à campo sobre a principal cultura de segunda safra do Estado, o milho. Com o tema “Sua segunda chance de aumentar a produtividade e rentabilidade”, a equipe técnica e de pesquisadores da Fundação MT apresentou para produtores, consultores, técnicos agrícolas, estudantes de escolas técnicas e engenheiros agrônomos quatro estações de pesquisas, com temas sobre tecnologias Bt, consórcio de milho com espécie de cobertura, manejo de adubação, e desenvolvimento do milho sob níveis de compactação induzidos. O público também conheceu a estação de vitrine de cultivares de algodão apresentada em plots agrícolas e ainda acompanhou uma apresentação com resultados em manejo de adubação.
Estiveram em Nova Mutum participantes de vários municípios de Mato Grosso e também do Tocantins, Bahia, Pará, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e do Paraná. Produtor de 200 hectares de milho safrinha em sua propriedade em Diamantino (MT), Vilmar Schirmer participou do evento com os dois filhos e destacou que, para ele, é essencial buscar informação, aplicar na prática e se aperfeiçoar. O filho mais velho, Fabiano Schirmer, é estudante de agronomia e ajuda o pai na propriedade. Desde cedo, considera o conhecimento fundamental para prosperar o negócio da família. “Sabemos da credibilidade da Fundação MT e isso conta muito, sabemos que os resultados que vemos aqui são reais”, frisou.
Um dos experimentos que mais chamaram a atenção do público foi o da avaliação de danos da lagarta Spodoptera frugiperda em híbridos de milho com diferentes tecnologias Bt. O objetivo da pesquisa, segundo a entomologista da Fundação MT, Lucia Vivan, é o de avaliar a quebra de resistência da tecnologia Bt, verificar à campo quais tecnologias apresentam resultados no controle à lagarta e quais tecnologias já mostram perdas de eficiência de controle. O trabalho avaliou sete tecnologias diferentes, é desenvolvido com o milho de segunda safra desde 2014 e mostra resultados de danos foliares e na espiga em níveis baixo, médio e alto.
Em outra estação, apresentada pelos pesquisadores Douglas Coradini e David Valendorff, o objetivo foi demonstrar a viabilidade da consorciação do milho 2ª safra com braquiária e com crotalárias e quais as implicações na próxima safra. Nessa primeira etapa da avaliação foram consorciados milho + brachiaria ruziziensis, milho + brachiaria ruziziensis + crotalária spectabilis, milho + crotalária spectabilis, crotalária ochroleuca, milho + crotalária breviflora, além da testemunha em que o milho foi cultivado solteiro.
Conforme os pesquisadores, dentre as observações realizadas até o presente momento é possível afirmar que a escolha do híbrido de milho, bem como a sua tecnologia Bt para resistência às lagartas é de suma importância, pois as mesmas se multiplicam na cobertura e migram para o milho causando danos maiores. Com o experimento também se observou que na situação atual de déficit hídrico, onde há três espécies de plantas combinadas houve maior competição com o milho e seu porte ficou reduzido, quando comparado com o milho solteiro. “Em ensaio semelhante conduzido em Itiquira (MT), pela Fundação MT, é possível afirmar que a consorciação pode diminuir significativamente a produtividade do milho 2ª safra, dependendo da modalidade de semeadura da cobertura, porém, onde houve maior produção de matéria seca no sistema, ocorreram as maiores produtividades da cultura da soja posterior”, destacou Douglas Coradini.
Sapezal - E no dia 4 de junho o evento também acontece em Sapezal (MT), na área de pesquisa da Fundação MT na Fazenda Tucunaré, onde o foco será a cultura do milho e também do algodão segunda safra. A fazenda está localizada na MT-235, Km 133. Nesta etapa, os participantes vão acompanhar cinco estações de pesquisa e vitrine de cultivares de algodão. São elas: manejo de adubação em soja e milho 2ª safra; modos de aplicação de fósforo nos sistemas soja/milho e soja/algodão 2ª safra; manejo da adubação nitrogenada na cultura do algodão 2ª safra (2º ano); manejo da adubação potássica na cultura do algodão 2ª safra (2º ano); cultivo de plantas de cobertura antecedendo a cultura do algodão (2º ano); e vitrine de cultivares de algodão. Mais informações em www.fundacaomt.com.br.