CI

Cultivo de maracujá é promissor no Paraná

O cultivo de maracujá apresentou variações significativas entre 2013 e 2023



Foto: Divulgação

O cultivo de maracujá no estado do Paraná apresentou variações significativas entre 2013 e 2022, com a área plantada oscilando de 1,1 a 1,4 mil hectares e colheitas variando entre 14,8 e 20,3 mil toneladas. O Valor Bruto da Produção (VBP), ajustado pela inflação, variou de R$ 54,5 a R$ 96,8 milhões. Essas oscilações estão associadas ao perfil do mercado, questões fitossanitárias e fatores climáticos, conferindo à cultura uma natureza nômade.

Os dados foram divulgados no Boletim de Conjuntura Agropecuária pelo Departamento de Economia Rural (Deral).

Em 2022, a área colhida foi de 1,1 mil hectares, resultando em uma produção de 16,2 mil toneladas e um VBP de R$ 81,0 milhões. O maracujá azedo ocupou 87,7% dessa superfície. A produção estadual está distribuída nos Núcleos Regionais de Paranaguá (22,3%), Jacarezinho (17,4%), Cornélio Procópio (13,3%) e Guarapuava (13,2%). Morretes é o principal produtor (14,6%), seguido por Prudentópolis (9,9%). Outros 214 municípios exploram comercialmente a cultura.

A dupla aptidão da espécie, com possibilidades de uso agroindustrial e para consumo in natura, caracteriza os dois principais produtores. Morretes destina seus cultivos principalmente para frutas frescas, enquanto Prudentópolis foca na produção de polpa.

Até novembro de 2023, as Ceasa/PR comercializaram 4,5 mil toneladas de maracujás, movimentando R$ 36,8 milhões. As principais origens foram Santa Catarina (30,6%), São Paulo (34,2%), Bahia (19,3%) e Paraná (14,9%), com um preço médio de R$ 8,18/quilo.

A safra 23/24 mostra-se promissora, com novas áreas de produção e lavouras em boas condições vegetativas e sanitárias. O lançamento da cultivar IPR Luz da Manhã, um maracujá amarelo, pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR/PR) em 2022, gerou uma movimentação ascendente na busca por essa variante. A qualidade superior dos frutos, o bom rendimento a campo e a versatilidade na destinação do produto têm destacado essa cultivar.

Com dois anos no mercado, a cultivar IPR Luz da Manhã tem atraído atenção positiva, indicando a possibilidade de criação de um selo de identificação, informando aos consumidores finais sobre os atributos dessa fruta. O Paraná possui condições propícias para a evolução e expansão dos maracujazeiros em larga escala, oferecendo um produto autóctone de alta qualidade ao mercado nacional e possivelmente ao exterior.

 

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.