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Crise nos insumos: Saiba o que fazer

Quem demorou para comprar pode ficar sem ou pagar mais caro



Foto: Divulgação

Uma conjunção de fatores criou a “tempestade perfeita” e fez disparar o custo dos fertilizantes e agroquímicos no Brasil. Os efeitos da pandemia, a escassez de contêineres, a explosão nos custos de frete marítimo e os apagões da eletricidade na China, um dos maiores produtores globais de ingredientes ativos para pesticidas, fizeram os agricultores brasileiros pagar mais pela compra de insumos em 2021.

De acordo com Guilherme Bellotti de Melo, gerente de consultoria Agro do Itaú BBA, “um exemplo da importância da China na origem dos agrotóxicos é o glifosato, já que mais de 95% do volume vem daquele país”. Para o consultor, não há problemas estruturais no abastecimento de defensivos agrícolas, “embora possam ocorrer problemas específicos para quem demorou a fazer a aquisição”.

A situação é mais preocupante no caso da entressafra, nas culturas perenes e na safra 2022/2023 “se todo esse cenário de problema de produção global de defensivos agrícolas durar muito tempo”, avaliou de Melo. A grande questão que o produtor rural se pergunta nesse momento é: Como se defender da inflação nos insumos e proteger suas margens?

“O risco é positivo para o agronegócio como um todo”, afirma o gerente de consultoria Agro, mas o agricultor deve se preparar para um cenário de aumento de gastos com insumos e redução das margens de produção. “Vivemos anos de margens muito altas na atividade agrícola para as mais diversas commodities”, lembrou ele. 

No entanto, ele alerta que “a história da economia agrícola nos mostra que margens espetaculares não duram para sempre”. Portanto, o especialista sugere manter altos níveis de liquidez para amortecer possíveis choques de custo.

Melo sugere ainda que o agricultor tente também minimizar quaisquer problemas no fornecimento de insumos, cultivando um relacionamento próximo com fornecedores confiáveis. “Isso garantiria uma boa janela de fixação de custos, com base no equilíbrio entre os preços futuros e os preços dos insumos, para evitar uma piora na relação de troca”, diz o Itaú BBA.

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