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Criação correta da terneira é fundamental para alta produtividade de leite

O assunto está sendo apresentado na estação técnica da Emater/RS-Ascar na Agrotecno Leite 2008



O sistema de criação da terneira, os cuidados após o nascimento e a alimentação são alguns dos fatores apresentados pelos técnicos da Emater/RS-Ascar como fundamentais para o bom desenvolvimento de um animal e para a obtenção de altas taxas de produção e produtividade de leite. O assunto está sendo apresentado na estação técnica da Emater/RS-Ascar na Agrotecno Leite 2008, evento que iniciou nesta quarta-feira e segue até sexta-feira (19). A feira tem como local os campos de pesquisa da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Passo Fundo (UPF) e tem como realizadores Emater/RS-Ascar, Sicredi, Embrapa Trigo, UPF, Cotrijal e RBS TV.

A Emater/RS-Ascar está apresentando aos visitantes que a criação da terneira, se feita de forma correta, pode contribuir muito para o sucesso da atividade leiteira, afinal, as terneiras são as futuras vacas produtoras de leite. Estão como instrutores da estação os extensionistas Gilmar Meneghetti, João Carlos Reginato, Clari Pierezan Pereira e Neimar dos Santos. O enfoque é que o produtor possa ter um animal com bom desenvolvimento e, sobretudo, produtivo. "Estamos mostrando os aspectos que devem ser analisados na criação dos animais, objetivando que a terneira possa parir aos dois anos, que tenha grande capacidade de consumo de alimentos e, em especial, alcance o pleno potencial produtivo", explica o agrônomo da Emater/RS-Ascar, Gilmar Meneghetti.
Os extensionistas estão reforçando a necessidade da ingestão de colostro pelas terneiras nas primeiras horas de vida. "Consideramos o colostro como a primeira vacina do animal, tamanha a importância da sua utilização. É pela ingestão dele que a terneira recebe os anticorpos da mãe", orienta o técnico da Emater/RS-Ascar, Neimar dos Santos. Ele acrescenta que a ingestão do colostro pela terneira precisa ser feita nas primeiras quatro horas de vida, porque com o passar do tempo o poder de absorção do colostro é muito reduzido.

Também visando o desenvolvimento do animal, é recomendada a utilização de ração e feno de boa qualidade na segunda semana de vida das terneiras. De acordo com o agrônomo, Clari Pereira, a utilização de alimentos sólidos estimula e antecipa o processo de ruminação, fortalece a musculatura, desenvolve a flora intestinal e auxilia no desenvolvimento da papilas, que as são responsáveis pela absorção dos nutrientes. Conforme os instrutores, aos 60 dias, aproximadamente, o rúmem do animal já está adaptado para o alimento sólido. Então o desmame, se dá de 55 a 60 dias e, nessa fase, o animal já está consumindo cerca de 700g de ração por dia. Eles salientam que acúmulo de gordura pode acarretar problemas no sistema reprodutivo e na produção de leite.
Após o desmame dos animais, os extensionistas recomendam que seja disponibilizada uma área com pastagem de qualidade e quantidade para os animais. O ganho de peso diário varia entre 600g e 750g/dia. Já o peso recomendado para o período da cobertura é de 350 a 380kg para as vacas da raça Holandesa e de 260 a 280kg para as vacas Jersey.

Outro aspecto abordado na estação é a sustentabilidade ambiental na produção. Para o agrônomo, João Carlos Reginato, o produtor precisa estar adequado à legislação e às exigências de mercado, principalmente com se o foco for exportação. Ele salienta que o licenciamento ambiental é obrigatório se a propriedade tiver mais de 200 animais ou se forem criados em sistema de confinamento ou semiconfinamento, ou seja, quando passam de seis a oito horas presos. "A maioria das criações dos nossos assistidos é feita de forma extensiva, sem confinamento, então é possível solicitar a dispensa", diz Reginato. Um dos aspectos analisados na propriedade para permitir a dispensa é o respeito às áreas de preservação permanente. Além disso, é verificada a existência de potreiros, de locais de espera calçados, além disso, a permanência dos animais deve ocorrer o maior tempo possível em pastagens perenes. As informações são da assessoria de imprensa da Emater/RS, Passo Fundo.
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