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Crescimento do PIB supera expectativas

“Esse crescimento da economia ocorreu em um cenário de expansão do gasto fiscal"


“Esse crescimento da economia ocorreu em um cenário de expansão do gasto fiscal" “Esse crescimento da economia ocorreu em um cenário de expansão do gasto fiscal" - Foto: Pixabay

Em 2023, a economia brasileira apresentou um desempenho positivo, conforme apontado por um estudo realizado por Claudio Roberto Amitrano e Mônica Mora Y Araujo, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). De acordo com informações divulgadas por Marcelo Cambria, professor de Contabilidade e Finanças na FECAP, o PIB brasileiro acumulou uma alta de 2,9% no ano, mantendo o ritmo observado em 2022. Esse resultado surpreendeu o mercado, que previa um crescimento de apenas 0,8% para o ano. Além disso, a inflação desacelerou para 4,62%, contrariando as expectativas anteriores de 5,31%.

“Esse crescimento da economia ocorreu em um cenário de expansão do gasto fiscal, com um déficit primário da ordem de 2,3% do PIB e uma carga tributária em queda (de 33,07%, em 2022, para 32,44%, em 2023). O que, por sua vez, resultou no início do processo de redução da inflação e taxa de juros iniciado em agosto de 2023”, comenta.

No cenário global, as maiores economias do mundo apresentam trajetórias divergentes em relação à política monetária. Após um período de aperto sincronizado para conter a inflação resultante da pandemia, muitos países começaram a afrouxar suas políticas monetárias. No entanto, os Estados Unidos mantêm uma atividade econômica forte, o que pode fazer com que a inflação no país permaneça acima da meta de 2% pelos próximos seis a doze meses.

Nesse contexto, espera-se que o Federal Reserve dos EUA inicie o processo de normalização da política monetária em meados de 2024, embora o ritmo de redução das taxas possa ser mais gradual. A persistência da curva de juros futuros de 10 anos em patamares elevados indica que, até que o equilíbrio entre oferta e demanda seja plenamente restabelecido, o retorno às taxas de juros pré-pandêmicas ainda levará algum tempo. Este comportamento também é observado em outras economias desenvolvidas, como o Reino Unido, a União Europeia, o Japão, o Canadá e a Austrália.
 

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