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Cresce a produção agrícola do Maranhão



O Maranhão vai ter safra recorde de grãos em 2003. A expectativa é que sejam colhidas 1,77 milhão de toneladas de grãos, em relação a 1,55 milhão de toneladas do ano passado. O incremento previsto é de 14% em relação a 2002. A previsão é do Grupo de Coordenação das Estatísticas Agropecuárias do Maranhão (Gcea), que tem entre os membros o IBGE. A área plantada aumentou 5,55% e saltou de 1,32 milhão de hectares plantados no ano passado para 1,394 milhão de hectares em 2003.

A produção de grãos do Maranhão é liderada pela soja, arroz, milho e algodão. Todas estas culturas devem contabilizar produção maior este ano, fruto de vários fatores, segundo o coordenador do Gcea, no Maranhão, Eduardo Costa.

Com 19,5%, o milho é o produto que deve registrar o maior índice de crescimento entre os grãos. A previsão é que sejam colhidas 390,5 mil toneladas, em relação às 326,6 mil toneladas produzidas no ano passado. Em seguida vem a soja, com crescimento de 16,18% em relação ao ano anterior.

Este ano os produtores de soja, concentrados em sua maioria na região de Balsas no sul do estado, devem colher 651,9 mil toneladas da oleaginosa. Em 2002 a produção de soja atingiu 561,1 mil toneladas. A área plantada saltou de 237,9 mil hectares ano passado para 272,6 mil hectares em 2003.

Dois fatores explicam o bom desempenho da soja no Maranhão, conforme avalia Eduardo Costa. "O primeiro é a expansão normal da soja no estado nos últimos anos. O outro é o preço que, desde o ano passado, está muito bom e motivou vários produtores, até mesmo quem plantava arroz", afirma.

Colheita em abril

No ano passado a maioria dos produtores venderam a soja a R$ 18 a saca (60 quilos) até setembro. A partir de outubro, o preço da saca chegou até R$ 45. No momento, segundo Eduardo Costa, está custando em torno de R$ 40. A colheita da soja é iniciada em abril.

O incremento da produção de milho também é motivado pelo preço que chegou a mais de R$ 30 a saca, segundo o Gcea. A área plantada do milho teve incremento de 10,6%, elevando de 323,8 mil hectares em 2002 para 358,2 mil hectares este ano. Parte da produção é vendida no próprio estado e para granjeiros do Ceará.

Arroz e algodão

O algodão herbáceo e o arroz tiveram crescimento menor na área plantada, em relação ao milho e à soja, ficando em 3,5% e 4,19% respectivamente. Em compensação, no caso do arroz, a previsão de crescimento da produção é de 12,6%. A área a ser colhida saltou de 478,9 mil hectares em 2002 para 499 mil hectares em 2003. A produção esperada é de 708,7 mil toneladas contra 629,3 mil toneladas. O preço também foi fator motivador para o aumento. Em 2001 o preço do arroz em casca foi de R$ 0,18 o quilo e em 2002 chegou a R$ 0,50; hoje está em R$ 0,40.

Já o crescimento esperado da produção do algodão é de 7,47%, com colheita estimada em 7 mil toneladas. Em 2002 foram colhidas 6,56 mil toneladas de algodão.

Do feijão, apesar da área ter diminuído em 1,3% em relação ao ano passado, é esperado um crescimento de 12,6% na produção.

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