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Cotações da soja voltaram a ceder em Chicago

Como anda o mercado da soja?



Foto: Divulgação

Diante da melhoria do clima nas regiões produtoras dos EUA, da assimilação das consequências do recrudescimento da guerra entre Rússia e Ucrânia, e das expectativas do novo relatório de oferta e demanda do USDA, a ser divulgado neste dia  11/08, as cotações da soja, em Chicago, voltaram a ceder. O bushel da oleaginosa fechou a quinta-feira (10) em US$ 14,12, após US$ 14,28 uma semana antes.

Destaque para os meses futuros, os quais voltaram à casa dos US$ 13,00/bushel. Segundo a análise da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário, enquanto isso, a qualidade das lavouras estadunidenses de soja melhorou, sendo que no dia 06/08 as lavouras entre boas a excelentes voltaram a atingir 54%, contra 59% um ano antes. Outras 32% estavam regulares e 14% entre ruins a muito ruins. Naquela data  90% das lavouras estavam em floração, contra 87% na média histórica para esta data. Já 66% das lavouras estavam na fase de formação de vagens, indicando que o restante de agosto e boa parte de setembro serão decisivos em termos climáticos. 

Quanto ao comércio exterior de soja, por parte dos EUA, na semana encerrada em 03/08 aquele país embarcou 281.860 toneladas de soja, alcançando, em todo o atual  ano comercial, o total de 50,8 milhões de toneladas, contra 54,6 milhões em igual  período do ano anterior. 

Na China, as importações de soja, em julho, aumentaram quase 25% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Alfândega chinesa. A China importou 9,7 milhões de toneladas de soja no mês passado, com um aumento de 23,5% em relação ao ano anterior. Com isso, nos primeiros sete meses do ano o país asiático importou 62,3 milhões de toneladas, 15% a mais do que no mesmo  período do ano anterior. Forte demanda pelo farelo de soja e pelo óleo comestível estiveram na razão deste avanço. No caso do farelo, os criadores chineses de suínos atrasaram o abate dos animais devido aos baixos preços da carne suína, o que levou a  um aumento na demanda por ração animal. Igualmente, a chegada de navios, após  atrasos devido a uma colheita mais tardia da soja no Brasil, e a maior fiscalização  alfandegária na China, contribuíram para o aumento das importações de julho. Vale destacar que as margens de esmagamento na China têm sido positivas desde meados de junho, com os trituradores, no principal centro de processamento de Rizhao, obtendo US$ 38,51/tonelada de soja processada. Enfim, os preços do farelo de soja na  China avançaram 23% desde o final de maio. 

E aqui no Brasil os preços estabilizaram, com leve viés de alta em algumas praças, puxados especialmente pelo câmbio, que chegou a R$ 4,90 em alguns momentos da semana. Assim, a média gaúcha fechou a semana em R$ 138,62/saco, enquanto as principais praças do Estado negociaram o produto a R$ 137,00. Já nas demais regiões  do país o preço da soja oscilou entre R$ 112,00 e R$ 130,00/saco. 

É bom lembrar que o Brasil possui elevados estoques de soja e que a nova safra dos  EUA entra no mercado a partir do final de setembro.

Dito isso, as exportações brasileiras de soja, em agosto, estão previstas para um  volume entre 7 e 8,8 milhões de toneladas, contra 5 milhões embarcadas em agosto do ano passado. Porém, bem abaixo das máximas mensais, que chegaram a mais de 14 milhões de toneladas no primeiro semestre. Em isso ocorrendo, segundo a Anec, os embarques brasileiros de soja, nos primeiros oito meses do corrente ano, atingiriam a 81,8 milhões de toneladas, contra 77,8 milhões registrados em todo o ano de 2022. Para o corrente ano, a projeção da Anec é que o Brasil exporte 99 milhões de toneladas de grãos de soja, em função da safra recorde que tivemos e de uma demanda consistente, inclusive dos EUA e da Argentina, grandes produtores e  exportadores, devido ao fato de os mesmos terem suas últimas safras prejudicadas pelo clima. Ainda segundo a Anec, considerando todos os produtos (soja, milho, farelo de soja e  trigo), as exportações do Brasil, em agosto, poderão atingir 19 milhões de toneladas,  contra 13,6 milhões em agosto do ano passado e 16,8 milhões em julho. 

Por outro lado, vale ainda destacar que a área semeada com soja, nesta última safra nacional, tendo chegado a 42 milhões de hectares (aumento de 6% sobre o ano  anterior), o mercado de sementes de soja movimentou R$ 24,5 bilhões, com alta de  18% sobre 2021/22. As sementes

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