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Cotações da soja sofrem recuo nesta semana em Chicago

Demanda chinesa por soja continua forte



Foto: Pixabay

Segundo a análise semana da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema), as cotações da soja em Chicago recuaram nesta semana em meio à expectativa pelo relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado nesta quinta-feira (12). Mesmo com o relatório considerado neutro pelo mercado, os preços reagiram ligeiramente após a divulgação, com o contrato de novembro fechando em US$ 9,91 por bushel, uma leve alta em relação aos US$ 9,77 registrados em 10 de agosto. Na semana anterior, a cotação estava em US$ 10,08 por bushel.

O relatório do USDA trouxe poucas mudanças para o cenário da nova safra de soja nos EUA. A produção norte-americana foi mantida em 124,8 milhões de toneladas, enquanto os estoques finais para o ciclo 2024/25 tiveram uma leve queda, passando para 15 milhões de toneladas. No entanto, a produção mundial da oleaginosa foi revisada para cima, chegando a 429,2 milhões de toneladas, com os estoques globais finalizando o período em 134,6 milhões de toneladas.

A produção brasileira de soja, segundo o relatório, foi mantida em 169 milhões de toneladas, enquanto a da Argentina segue em 51 milhões de toneladas. Já as importações de soja pela China continuam projetadas em 109 milhões de toneladas para o atual ano comercial. Com essas perspectivas, o preço médio ao produtor nos EUA foi mantido em US$ 10,80 por bushel, uma queda em relação aos US$ 12,50 do ciclo anterior.

Em termos de qualidade, até o dia 8 de setembro, 65% das lavouras de soja nos EUA estavam classificadas como boas ou excelentes, um avanço em relação aos 54% do ano anterior. Outros 25% das áreas foram consideradas regulares e 10% ruins ou muito ruins.

No campo das exportações, os EUA venderam 1,6 milhão de toneladas da nova safra de soja na semana encerrada em 5 de setembro, com a maior parte destinada à China. Esse volume ficou dentro das expectativas do mercado. No entanto, as exportações da safra velha somaram 45,4 milhões de toneladas, um número inferior às mais de 53 milhões de toneladas exportadas no mesmo período de 2023.

Na Argentina, os produtores de soja seguem focados em aumentar a área plantada da oleaginosa, em detrimento do milho. Estima-se que a área de plantio de soja no país vizinho alcance 17,7 milhões de hectares, um aumento de 7,5% em comparação ao ano anterior, com uma colheita projetada entre 52 e 53 milhões de toneladas. Já a área de milho poderá ser reduzida em até 21%, atingindo 8 milhões de hectares, devido à falta de chuvas e à infestação de cigarrinhas.

Por sua vez, a demanda chinesa por soja continua forte. Em agosto, a China importou 12,1 milhões de toneladas da oleaginosa, um aumento de 29% em relação ao mesmo período do ano anterior. O volume elevado foi impulsionado pelo desembaraço alfandegário de navios que tiveram atrasos no mês anterior. No acumulado dos primeiros oito meses de 2024, a China importou 70,5 milhões de toneladas de soja, um crescimento de 2,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Mesmo com uma leve queda nos estoques de soja e farelo, os níveis de estoque na China continuam altos.

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