Cotação do milho avança em Chicago
CEEMA destaca melhora nas exportações e impacto no mercado global de grãos
As cotações do milho no mercado futuro de Chicago registraram recuperação na última semana, refletindo o avanço na colheita norte-americana e o aumento das exportações. Segundo a Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), o primeiro contrato cotado fechou em US$ 4,21 por bushel na quinta-feira (24), acima dos US$ 4,06 registrados na semana anterior.
Colheita acelerada nos EUA impulsiona mercado
A colheita de milho nos Estados Unidos, maior produtor global do grão, alcançou 65% da área semeada até 20 de outubro, superando a média histórica para o período, que é de 52%. “O ritmo acelerado das colheitas trouxe confiança ao mercado, ao mesmo tempo em que as condições climáticas favoráveis ajudaram a garantir um fluxo estável de produção”, analisa a CEEMA.
Esse desempenho positivo tem gerado reflexos no mercado internacional, consolidando uma oferta robusta que eleva a pressão competitiva sobre outros grandes exportadores, como Brasil e Argentina.
Exportações crescem e superam ano anterior
Outro fator que fortaleceu o mercado foi o aumento das exportações norte-americanas. Segundo a CEEMA, os embarques de milho dos EUA somaram 999.811 toneladas na semana encerrada em 17 de outubro, acumulando um total de 5,8 milhões de toneladas no ano comercial atual — um crescimento expressivo em relação às 4,4 milhões de toneladas exportadas no mesmo período do ano passado.
“O ritmo mais acelerado das exportações revela um mercado aquecido, especialmente devido à demanda externa contínua por milho norte-americano”, destaca o relatório.
Impacto global e desafios para o mercado brasileiro
A melhora nas cotações em Chicago representa um desafio para o Brasil, que compete diretamente no mercado internacional. Com a colheita nos EUA avançada e embarques em alta, os produtores brasileiros devem intensificar as estratégias de comercialização para assegurar margens competitivas. Além disso, o desempenho norte-americano pode influenciar os preços internos no Brasil, impactando a rentabilidade do milho brasileiro, especialmente na safra de verão e na safrinha de 2025.