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COPOM ratifica redução da taxa Selic na última reunião de 2023

Decisão do COPOM está alinhada com a atual condução da política monetária, que se manteve constante ao longo do segundo semestre de 2023


Foto: Pixabay

Por Luiz Antonio Pinazza 

Engenheiro Agrônomo - agronegócio e sustentabilidade

Colaboração e revisão de Aline Merladete

A 259ª reunião do Comitê de Política Monetária (COPOM), coordenada pelo Banco Central (BC) nos dias 12 e 13 de dezembro, reafirmou o compromisso de manter a trajetória de redução da taxa básica de juros Selic. A ata destaca que o ritmo de condução será mantido no primeiro encontro de 2024, programado para 30 e 31 de janeiro, com uma nova redução de 0,5%, levando a taxa Selic de 11,75% para 11,25%.

Luiz Antonio Pinazza, engenheiro agrônomo e consultor de Agronegócio e sustentabilidade do Portal Agrolink, analisou os desdobramentos da reunião, observando que a decisão do COPOM está alinhada com a atual condução da política monetária, que se manteve constante ao longo do segundo semestre de 2023.

Segundo a análise, os membros do Comitê avaliaram um progresso desinflacionário relevante no mercado interno. As expectativas de inflação, conforme a pesquisa Focus/BC, melhoraram para os anos de 2023, 2024 e 2025, projetando fechamento do ano em torno de 4,5%, 3,9% e 3,5%, respectivamente. Entretanto, ressaltam que há um caminho a percorrer para o retorno à meta da inflação, destacando a importância de serenidade e moderação na condução da política monetária.

Quanto à meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a variação de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos precisa ser formalmente cumprida. Para 2023, com a meta de 3,25% e variação de 3,75% a 1,75%, o desempenho está em linha após dois anos desalinhados. Já para 2024 e 2025, a meta é reduzida para 3,00%, sendo importante destacar que, em caso de não cumprimento da meta, o presidente do BC deve justificar publicamente as razões.

A análise de Pinazza destaca também a conjuntura internacional, com maior volatilidade devido às pressões de preços nos mercados. Ele ressalta que as variáveis externas podem impactar as projeções de inflação, sem uma relação mecânica com a determinação da taxa de juros.

Com a atenção voltada para 2024, a análise contempla a conjuntura econômica doméstica, incluindo as adversidades climáticas decorrentes do fenômeno El Niño durante a safra 2023/34. Além disso, destaca-se a importância de acompanhar as decisões dos bancos centrais na União Europeia (UE) e nos Estados Unidos, visando a convergência das metas da taxa de inflação.

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