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COPOM: recomeço do ciclo de baixa na taxa de juros

O Copom (Comitê de Política Monetária) fará sua próxima reunião nos dias 1 e 2 de agosto



Foto: Pixabay

Por Luiz Antonio Pinazza 

Engenheiro Agrônomo - agronegócio e sustentabilidade

Colaboração Aline Merladete

O ciclo de alta na taxa de juros da SELIC está bem perto de ser revertido no próximo encontro 226º do Comitê de Política Monetária (COPOM), a ocorrer nesta semana (1º e 2 de agosto).  Essa mudança faz parte das previsões dos mercados com base nas estatísticas das pesquisas do Departamento de Relacionamento com Investidores Especiais (GERIN), divulgados pelo Relatório de Mercado Focus. Toda essa mobilização ocorre na esfera do Banco Central (BC)desde 2021, quando a instituição assumiu autonomia para controlar a condução da taxa de juros SELIC, com aprovação do Congresso Nacional (CN). 

Os Relatórios de Mercado Focus permitem antever os passos futuros da política monetária com base na evolução, expectativa e projeção da taxa de inflação. A análise mais recente das publicações vai na direção de queda na taxa de juros atual, de 13,75%, cujo início foi na 248ºreunião do COPOM, realizada em agosto de 2022. Com a visão assertiva sobre essa conjuntura de baixa, a questão maior no presente momento passou a ser sobre o tamanho da diminuição da taxa de juros, se dê 0,25% ou 0,50%.

O Conselho Monetário Nacional (CMN), formado pelos Ministérios da Fazenda e do Planejamento e o Banco Central, define a meta de inflação, com tolerância de 1,5% para cima e para baixo, que o BC deve cumprir. Em 2021 e 2022, a meta não foi cumprida. Na reunião de 29 de junho último, o CMN manteve as metas de 2024 e 2025 em 3%. Para este ano de 2023, a meta é de 3,25%, sendo que a previsão de queda na taxa de inflação abre espaço para reduzir a taxa de juros da SELIC.

Sem pressão na taxa de inflação, os sinais são claros de abertura para o ciclo de queda da taxa básica de juros, com impacto direto nos financiamentos do agro. A virada é marcante por ser oposta quando comparada com a decisão do COPOM em agosto do ano passado. A conjuntura ficara mais previsível. O Plano Safra 2023/24 terá maior alcance, pois os desembolsos para equacionar o custo dos subsídios desembolsados pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) terão menor ônus. Da mesma forma, o mercado de capitais impulsionará os investimentos e as tomada de recursos nos títulos do agronegócio. 

 
 

 

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