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Cooperativa aumenta quatro vezes a produção

Os produtores comercializam os alimentos em feiras livres de MT, para as escolas e prefeituras municipais de Cuiabá e Várzea Grande



Município de Poconé, Mato Grosso. É lá que agricultores familiares da Cooperativa Mista de Produtores Rurais de Poconé (COMPRUP) têm investido – tempo e recurso – na produção de hortifrútis, farinha de mandioca, rapadura, melado de cana e castanha de baru. A base do grupo tem sido o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Desde 2010, os agricultores participam da política e, de lá para cá, aumentaram o plantio quatro vezes.

O Pnae é o incentivador da produção da Cooperativa que, hoje, gira em torno de seis a 12 toneladas, por semana, para as entregas de hortaliças e frutas nas escolas das redes estadual e municipal. Além disso, eles vendem de 12 a 15 mil unidades de rapadurinha e 2,5 mil kg de farinha de mandioca, com distribuição a cada 30 dias. O programa é operacionalizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) , em parceria com a Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead).

Os produtores comercializam os alimentos em feiras livres de MT, para as escolas e prefeituras municipais de Cuiabá e Várzea Grande. “Antes, não tínhamos mercado. A produção não chegava nem a uma tonelada, mas o Pnae apareceu e se tornou um grande incentivador, que fez com que as vendas só aumentassem. Foi um avanço para nós”, afirma Luiz Carlos Souza, de 34 anos, diretor administrativo da COMPRUP.

Dos 100 agricultores familiares associados, 70 participam do Pnae e do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Cada agricultor investiu na sua propriedade de acordo com a necessidade. Compraram maquinários, sementes, adubos e contrataram mão de obra. No dia 9 de agosto, a Cooperativa recebeu a permissão para uso do Selo da Identificação da Participação da Agricultura Familiar (Sipaf), que beneficiará mais de 100 agricultores. Saiba mais aqui

“Para quem vive no campo, com uma renda baixa, é fundamental ter acesso a programas que incentivam os plantios, porque temos a certeza de onde fornecer nossos produtos”, justifica o agricultor familiar Tadeu Lucas de Almeida, de 33 anos. Ele é um dos associados da Cooperativa e produz mandioca, abóbora e cebolinha. Antes do acesso ao Pnae e PAA, ele conta que passou dificuldades na hora de plantar. Hoje, com o apoio das políticas, investe pesado em sementes. O retorno da produção já possibilitou a compra de um carro e uma reserva para continuar na produção.

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