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Controle da cigarrinha-das-raízes impulsiona biológicos

“Nossa preocupação é preservar o que existe na natureza


Foto: Arquivo Agrolink

O pesquisador Newton Macedo liderou um trabalho de preservação dos inimigos naturais da cigarrinha das raízes, usando o inseticida seletivo piriproxifeno. Ele alerta a cadeia produtiva da cana-de-açúcar sobre os desafios fitossanitários e econômicos caso a praga não seja controlada na geração primeira. Em condições climáticas climáticas, a cigarrinha das raízes supera numericamente os organismos benéficos, sendo combatida pelo piriproxifeno sem danos naturais.

 Macedo destaca a importância de preservar a natureza na cana-de-açúcar e enfatiza que o controle na geração primeiro eleva a preservação dos inimigos naturais de outras leis, promovendo o 'controle natural conservador'. O piriproxifeno é indicado como o defensivo mais amigável aos organismos benéficos da cana. Em regiões com histórico de cigarrinha, o produto impede a eclosão das ninfas, sendo essencial devido às condições climáticas e às características do El Niño em 2023/24. Macedo ressalta que o inseticida envelhece na fase de ovo, antes da eclosão das ninfas, proporcionando alta seletividade e impedindo a transformação de ovos de broca-da-cana em praga.

“Nossa preocupação é preservar o que existe na natureza. A cana-de-açúcar é um meio biológico com capacidade para dar suporte à vida de organismos benéficos”, observa Macedo. Para ele, controlar à cigarrinha das raízes na primeira geração, com esse inseticida seletivo, eleva ainda o potencial de preservação de inimigos naturais de outras pragas importantes, impulsionando assim o chamado ‘controle natural conservativo’. “Nos dias de hoje, piriproxifen se mostra o defensivo mais amigável aos organismos benéficos da cana”, diz.

De acordo com Newton Macedo, o setor sucroenergético deve redobrar a atenção em relação à cigarrinha, sobretudo, quando houver acumulado médio de chuvas acima de 70 mm, em um período de 15 dias. Com essa precipitação, ele afirma, as cigarrinhas estarão no solo. “Quando as ninfas eclodem, fixam-se nas raízes jovens da cana e produzem uma espuma, exatamente para se proteger de inimigos naturais, além de radiação solar ou secamento.”

“Um deles é de que o canavial já terá convivido com a praga. Uma geração do inseto dura 60 dias, tempo representativo e período em que a planta precisa de boas condições para crescer, enquanto a presença da cigarrinha traz danos. Perdas podem chegar a 50% da produtividade. Em termos de ATR, o risco médio de dano atinge 30 quilos por tonelada de cana. O impacto é violento. A cigarrinha tem força para danificar o açúcar cristalizado e levar contaminação à produção de etanol. O custo do produtor, portanto, sobe representativamente”, conclui.
 

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