Consumo de lácteos cai
Preço do leite apresentou forte elevação em 2022, com maior alta em julho, e começou a cair ao longo do 2º semestre. Em 2023, o produto voltou a sofrer aumentos de preço
Um estudo realizado pela Scanntech revelou uma queda na demanda por produtos lácteos, especialmente o leite, nos primeiros quatro meses de 2023, mesmo com menores aumentos de preços no período. Um dos motivos apontados é a queda do poder de compra do consumidor nos últimos dois anos - de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua/IBGE).
O preço do leite apresentou forte elevação em 2022, com maior alta em julho, e começou a cair ao longo do 2º semestre. Em 2023, o produto voltou a sofrer aumentos de preço, principalmente em fevereiro e abril, medida que provocou forte retração no volume de vendas, atingindo o menor patamar dos últimos 16 meses.
Ainda de acordo com as informações divulgadas pela Scanntech , além do leite, compõem a cesta de produtos lácteos cream cheese, creme de leite, iogurte, leite com sabor, leite condensado, leite em pó, leite fermentado, manteiga, petit suisse, queijos, incluindo o ralado, e requeijão. O maior faturamento de vendas de lácteos está concentrado em apenas três produtos: leite, queijos e Iogurte, que juntos representam 61% do total.
O consumo de queijos apresentou estabilidade no primeiro quadrimestre de 2023, na comparação com o mesmo período do ano passado. A muçarela, que junto com o Minas Frescal, Prato e Minas Padrão respondem por mais de 90% do mercado), teve o melhor desempenho entre os tipos predominantes, pois teve o menor aumento de preços (17%) e o menor recuo no volume de vendas (-3%). Alguns dos tipos mais caros registraram forte variação de preços, como o Gruyere (+25%) e o Minas Frescal (+24%).
O estudo mostra ainda que a retração no volume de vendas nos supermercados e atacarejos brasileiros é generalizada na cesta de mercearia básica, do qual os produtos lácteos fazem parte. Esse fenômeno é puxado principalmente pela queda no consumo de leite (-5,1%), açúcar (-6,1%) e massas instantâneas (-10,4%), na comparação com o mesmo período do ano passado.