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Consumidor busca cada vez mais qualidade na carne brasileira

Tema foi abordado em painel virtual por uma das maiores autoridades brasileiras neste segmento



Foto: Pixbay

O conceito de que a carne precisa ser conhecida pela marca e a atenção constante às mudanças de hábito do consumidor foram destaque da 11ª edição do Prosa de Pecuária, painel virtual promovido pelo Instituto Desenvolve Pecuária em seu canal no YouTube. Na live realizada nesta terça-feira, 22 de março, o empresário e dono da Wessel Carnes, István Wessel, falou sobre o “Mercado brasileiro para a carne de qualidade”.

Autor de vários livros e solicitado para ministrar aulas sobre cortes de carnes em cursos de culinária, Wessel contou um pouco da história de sua família que chegou a São Paulo vinda da Hungria em 1956 e já tem várias gerações trabalhando nesse setor. A sua empresa trouxe para o Brasil a maturação de carnes, lançou o Carpaccio e o hambúrguer 100% feito de carnes, e introduziu o conceito de corners de carnes.

Wessel afirmou que a qualidade sempre foi considerada o ponto mais importante da relação comercial. “Nós batalhamos e brigamos pela qualidade todos os dias, muito mais do que por preço”, salientou, lembrando que em 1974 um amigo chamou a atenção de que o mais importante que a empresa tinha era a marca Wessel. “Naquela época não existiam marcas de carne e começamos a trabalhar esta questão que significa manter uma qualidade mais constante possível, com inovações sempre na pauta do dia”, destacou, colocando que foi um avanço importante no negócio, trazendo uma grande vantagem competitiva.

Em relação a preços, Wessel pontuou que nos últimos três anos a arroba do boi subiu três vezes mais e o consumo per capita caiu 15%. “Portanto, hoje, por exemplo, as pessoas estão pagando entre R$ 160,00 e R$ 180,00 a picanha em São Paulo de forma natural. Elas aceitam pagar esse preço a mais, mas com a contrapartida de ter uma qualidade cada vez maior”, ressaltou.

Sobre cortes de carnes congeladas, o especialista disse que é uma tendência e que beneficia toda a cadeia. “Hoje, diferentemente do passado, a carne nasceu para ser congelada. Ela é abatida, processada, maturada e congelada em temperaturas muito baixas. Então, essa tendência veio para ficar. No mercado paulista as carnes de primeira qualidade praticamente todas são congeladas” observou.

Ao ser questionado sobre  a pecuária gaúcha, Wessel falou que a terminação do animal é fundamental. “A melhoria na alimentação garante uma carne de qualidade, com marmoreio o ano todo. Se tivermos isso 12 meses por ano, nós temos um novo negócio na mão”, garantiu, dizendo que conhece muito bem o consumidor que busca novidades consistentes e suculência ao ponto, o tostado da capa da carne”, concluiu.

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