Confira como está o mercado de trigo
No Paraná, o trigo paraguaio continua sendo o mais competitivo
Segundo informações da TF Agroeconômica, o mercado de trigo nos estados do Sul apresenta estoques bem ajustados e desafios nas negociações locais e internacionais. No Rio Grande do Sul, a safra estimada entre 3,8 e 3,9 milhões de toneladas terá aproximadamente 900 mil destinadas à ração, restando cerca de 3 milhões para exportação, sementes e moinhos locais e de outros estados.
Já foram comercializadas 330 mil toneladas para exportação milling e 170 mil toneladas estão reservadas para sementes, deixando 2,5 milhões para atender à demanda dos moinhos. Mesmo que as exportações parassem, os estoques seriam considerados ajustados para 2025. Contudo, as vendas para moinhos permanecem escassas, com indicações de preços entre R$ 1.220,00 e R$ 1.250,00 por tonelada, posto no moinho.
Em Santa Catarina, a situação é de mercado lento devido à baixa demanda por farinha. Os moinhos oferecem cerca de R$ 1.350,00 CIF para trigo diferido, mas enfrentam resistência dos vendedores, que não aceitam os valores ofertados. Os preços pagos aos produtores variam entre R$ 68,00 e R$ 76,00 por saca, dependendo da região, com destaque para Canoinhas e São Miguel do Oeste, onde os valores são os mais altos, em R$ 74,00 e R$ 74,75, respectivamente.
No Paraná, o trigo paraguaio continua sendo o mais competitivo, enquanto o argentino apresenta preços mais baixos que o produto gaúcho. As negociações também estão lentas, reflexo do mercado de farinhas enfraquecido. Os vendedores pedem até R$ 1.500,00 CIF moinho, enquanto os compradores indicam preços próximos de R$ 1.450,00. Apesar do cenário, há volume significativo sendo colhido e vendido diretamente pelos produtores. Analistas preveem que os preços só devem reagir após o término da colheita.