Confira as projeções para o esmagamento em 2024
A indústria pede o "retorno" para o B15 para março do próximo ano
A análise da hEDGEpoint Global Markets sobre o cenário de esmagamento de soja no Brasil para o próximo ano considera uma produção recorde, o que poderia indicar um bom ano para a indústria. No entanto, a demanda por farelo e óleo de soja é crucial. Após o impacto da Peste Suína Africana, a demanda por farelo tem crescido mais lentamente no Brasil, enquanto os mandatos de biodiesel estão em alta, o que implica um aumento no consumo de óleo de soja.
A indústria pede o "retorno" para o B15 para março do próximo ano, a partir do atual B12. A regulamentação de 15% de biodiesel, apesar de nunca ter sido alcançada, deveria estar em vigor no início de 2023 de acordo com um plano de progressão estabelecido em 2018. “O problema é que não se pode ter óleo de soja sem também obter farelo. No entanto, se o consumo deste último está lento, o que fazer com o excesso de farelo produzido?”, indaga Pedro Schicchi, analista de Inteligência de Mercado de Grãos e Oleaginosas da hEDGEpoint.
A observação inicial é sobre o progresso dos mandatos de biodiesel, particularmente o pedido da indústria para o B15. Embora o governo tenha mostrado compromisso em aumentar o consumo de biodiesel, datas e números precisos ainda não foram fornecidos. Prevê-se um aumento, mas talvez não na extensão solicitada pela indústria. Com 56 milhões de toneladas de soja esmagadas no ano (em comparação com 53,5 milhões estimados para 2023), haveria 11,2 milhões de toneladas de óleo e 43 milhões de toneladas de farelo. Se assumirmos o B14 ao longo do ano, pode haver escassez de óleo de soja, levando a menores exportações.