Condições das pastagens e mercado de bovinos de corte
Bovinocultura de corte apresenta melhorias no estado corporal e sanitário dos rebanho
Segundo o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar divulgado na última quinta-feira (9), a bovinocultura de corte apresenta melhorias no estado corporal e sanitário dos rebanhos no Rio Grande do Sul, resultado das boas condições das pastagens nativas e cultivadas. A oferta de forragem tem sido suficiente para manter o desempenho dos animais, com destaque para os avanços no manejo reprodutivo e nos diagnósticos de gestação.
No aspecto sanitário, o controle de carrapatos tem sido eficaz, embora ainda sejam observados focos de infestações de mosca e berne em algumas regiões.
Na região de Bagé, a falta de chuvas prejudica o desenvolvimento das pastagens, causando estagnação no ganho de peso e perda de condição corporal em áreas mais críticas. Alguns produtores recorrem ao uso de sal proteinado para compensar a baixa qualidade da forragem.
Já em Caxias do Sul, os diagnósticos de gestação foram concluídos em várias propriedades, com vacas que não estão prenhes sendo encaminhadas para abate ou terminação. Apesar disso, o rebanho mantém um estado corporal adequado, mesmo diante de alta incidência de moscas. Em Erechim, os preços da vaca gorda apresentaram queda, e as categorias de reposição mostraram variações, refletindo a menor movimentação no mercado no final do ano.
Em Frederico Westphalen, o controle de ectoparasitas continua em destaque, enquanto o mercado se mantém aquecido, com valorização nos preços tanto de abate quanto de reposição. Nas regiões de Pelotas e Santa Rosa, foram registradas infestações de miíase em terneiros e perdas de condição corporal devido ao calor e à insuficiência de aguadas.
De acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar, o valor médio do boi apresentou alta de 0,76%, passando de R$ 10,51 para R$ 10,59/kg vivo. A vaca para abate também registrou aumento de 1,40%, atingindo R$ 9,43/kg vivo.