Condições climáticas impactam desenvolvimento da soja
Déficit hídrico prejudica formação de grãos e flores na soja gaúcha
De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na última quinta-feira (9), o cultivo de soja enfrenta desafios em diferentes estágios de desenvolvimento no Rio Grande do Sul, impactados por variações climáticas regionais. Enquanto algumas áreas se beneficiam de condições ideais de umidade, outras enfrentam estresse hídrico, comprometendo o potencial produtivo.
Na região de Erechim, 20% das lavouras estão em fase de formação de vagens e início do enchimento de grãos. O plantio em áreas de resteva de trigo e cevada apresentou boa germinação. No entanto, a escassez de umidade em um momento crítico para a cultura levanta preocupações sobre a produtividade.
Em Ijuí, 10% das áreas estão em floração e 5% em granação. Apesar do bom desenvolvimento inicial, agricultores relatam abortamento de flores e vagens, especialmente nas áreas entre Jóia e Salto do Jacuí, devido à falta de chuvas há mais de 15 dias. A redução no potencial produtivo é agravada por raízes e nodulação menores, além de relatos de murcha em lavouras semeadas no final de outubro e início de novembro.
Nos municípios que receberam chuvas recentemente, foram retomados tratos culturais, como controle de doenças fúngicas e pragas, incluindo ácaros e lagartas, cujas populações aumentaram com o tempo seco.
Em Pelotas, as primeiras áreas implantadas estão em início de florescimento, com 7% ainda por plantar. O solo apresenta excelentes níveis de umidade, graças às chuvas constantes, o que favorece a emergência e o desenvolvimento das plantas.
Na região de Santa Maria, as lavouras apresentam diferentes estágios, desde germinação até formação de vagens. No entanto, o estresse hídrico já compromete a produtividade, com relatos de manchas e secamento de plantas em Cacequi, especialmente nas áreas plantadas mais tarde, que ainda não fecharam as entrelinhas.